Protesto nacional contra liberação da caça do Javali não ganha adesão em MS
Uma mobilização iniciada na rede social, denominada # Ocupa IbamaII – Pare o massacre dos Javalis no Brasil, marcada para ocorrer nesta quarta-feira (2), em frente às unidades do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), não teve adesão em Campo Grande. Na página do protesto, a organização do manifesto explicou […]
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Uma mobilização iniciada na rede social, denominada # Ocupa IbamaII – Pare o massacre dos Javalis no Brasil, marcada para ocorrer nesta quarta-feira (2), em frente às unidades do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), não teve adesão em Campo Grande.
Na página do protesto, a organização do manifesto explicou o objetivo da mobilização, entretanto não detalhou se ocorreria em todos os Estados. “Nós, ativistas de todo Brasil, protestamos em algumas cidades do Brasil dia 24/05/2014, mostramos aos governantes do Brasil nosso repúdio a essa questão muito cruel para os javalis, animais que temos obrigação de defender e proteger. Aqui estamos para negociar com o Ibama, Ministério Publico, Procuradoria da República Soluções viáveis e possíveis para parar a caça aos javalis”.
No início da tarde de hoje, o Midiamax entrou em contato com o Ibama, e funcionários afirmaram que não houve concentração de pessoas na frente do prédio. De acordo com informações de uma manifestante que participou do protesto no mês de maio na capital, o evento é nacional, mas não houve programação para Campo Grande.
Descontrole do Javali
O Ibama publicou no dia 31 de janeiro de 2013 uma normatização que libera o manejo ou caça do Javali em todo o Brasil. Segundo a responsável pelo Núcleo de Fauna e Avalista Ambiental do Instituto, Paulo Mochel, foi deliberada pelo fato de o Javali ser uma espécie exótica invasora na fauna brasileira que tem causado inúmeros transtornos em propriedades rurais.
“Desde 1992 o Brasil enfrenta problemas com o animal. É uma espécie problemática que invadiu nossa biodiversidade e encontrou alimentos e refúgio. Porém, aqui no Brasil não há predador para o Javali”, detalha.
A especialista alerta que a região Sul do Estado é uma das que mais sofre com os ataques dos animais, uma vez que os bichos são onívoros, ou seja, se alimentam com frutas, bichos pequenos e raízes. Segundo o Ibama, estima-se que entre os municípios de Dourados e Rio Brilhante existam mais de 6 mil javalis. “Virou uma praga, eles entram e arrasam a lavoura, chegam em bando de até 50 javalis”, sintetiza Paula.
A normatização do Ibama que liberou o abate do animal requer que a pessoa se cadastre no site do órgão, para que técnicos acompanhem o controle da espécie. Até o momento não se sabe o números de javalis que estão em Mato Grosso do Sul.
O animal, hoje visto como um problema, principalmente para produtores rurais, tem origem africana e europeia. Nestes continentes, o leão é o predador.
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