Pesquisa se aproxima de cura para a diabetes

Cientistas da Universidade Harvard anunciaram neste sábado (11) os resultados de uma pesquisa com potencial para curar a diabetes tipo 1. Liderados pelo pesquisador Douglas Melton, que tem dois filhos com a doença, eles desenvolveram uma técnica capaz de transformar células-tronco humanas em células pancreáticas do tipo beta, que são as responsáveis pela produção de […]

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Cientistas da Universidade Harvard anunciaram neste sábado (11) os resultados de uma pesquisa com potencial para curar a diabetes tipo 1. Liderados pelo pesquisador Douglas Melton, que tem dois filhos com a doença, eles desenvolveram uma técnica capaz de transformar células-tronco humanas em células pancreáticas do tipo beta, que são as responsáveis pela produção de insulina no organismo.

Nas pessoas com diabetes tipo 1, essas células são erroneamente destruídas pelo sistema imunológico, obrigando os portadores da doença a injetar insulina regularmente na corrente sanguínea para sobreviver. É possível também fazer um transplante de células beta obtidas de cadáveres, mas o procedimento é complicado e os resultados, pouco satisfatórios. A única perspectiva de cura, segundo os cientistas, seria inventar uma maneira de produzir essas células em laboratório, de forma segura e em grande quantidade, para substituir as células originais destruídas pela doença.

Melton vem trabalhando nesse objetivo há mais de 20 anos, desde que seu primeiro filho foi diagnosticado com a doença. E agora ele parece, finalmente, ter chegado a uma solução, com uma técnica que permite transformar células-tronco em células beta aparentemente totalmente funcionais, que produzem insulina ao serem expostas a glicose.

Em experimentos com camundongos diabéticos, as células geradas em laboratório funcionaram normalmente e praticamente curaram os animais da doença. Novos testes agora estão sendo feitos em macacos para depois — se tudo continuar dando certo — iniciar os testes com seres humanos (o que deverá consumir mais alguns anos de pesquisa, pelo menos).

A técnica funcionou tanto com linhagens de células-tronco embrionárias quanto de pluripotência induzida (iPS).

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