Pai de bebê com Down abandonado abusou de menor, diz imprensa

O pai biológico da criança com síndrome de Down que foi abandonada na Tailândia cumpriu pena em uma prisão da Austrália por ter cometido atos indecentes com um menor, informou nesta terça-feira (5) a imprensa local. Segundo a emissora australiana “Channel 9”, o homem, natural do Estado da Austrália Ocidental e cuja identidade ainda não […]

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O pai biológico da criança com síndrome de Down que foi abandonada na Tailândia cumpriu pena em uma prisão da Austrália por ter cometido atos indecentes com um menor, informou nesta terça-feira (5) a imprensa local.

Segundo a emissora australiana “Channel 9”, o homem, natural do Estado da Austrália Ocidental e cuja identidade ainda não foi revelada, foi preso em 1998 por abusar de um menor de 13 anos, uma circunstância da qual sua atual mulher tem conhecimento.

Já a agência Australian Associated Pressdiz que documentos judiciais demonstram que o homem, de 56 anos, foi condenado por abusar sexualmente de três meninas.

A rede de televisão ABC informou que ele cumpriu pena na prisão por abusar de duas meninas menores de 10 anos quando era mais jovem. Também recebeu em 1997 outras seis acusações por comportamento indecente com um menino.

Outras informações afirmam que os serviços de proteção de menores foram encarregados de investigar sua idoneidade, mas o fato não foi confirmado à AFP e a polícia não fez comentários.

O casal é acusado de levar uma menina gerada por uma mãe de aluguel tailandesa, Pattaramon Chanbua, e abandonar seu irmão gêmeo, Gammy, que nasceu com síndrome de Down e problemas cardíacos.

Os dois garantiram que não sabiam da existência do menino e se defenderam, alegando dificuldades com o idioma, sobre o complicado processo de barriga de aluguel em entrevista à emissora ‘ABC’, enquanto no ‘Channel 9’ colocaram em dúvida que Pattaramon fosse a mãe que eles contrataram para gestar a criança.

Pattaramon, que declarou que o casal ofereceu 16 mil dólares australianos (US$ 14,8 mil) para que ela fosse barriga de aluguel, pediu que a menina fosse devolvida depois que soube que o pai já foi condenado por abuso de menor.

“Estou muito preocupada com minha menina. Necessito da ajuda para que minha menina seja devolvida para mim o mais rápido possível. Essa informação me deixa doente”, disse Pattaramon ao grupo ‘Fairfax’, que revelou o caso na semana passada.

Uma campanha solidária na Austrália recolheu 200 mil dólares australianos (US$ 186 mil) para ajudar a mãe a custear as despesas do tratamento médico do bebê, que está internado em um hospital por conta de uma infecção pulmonar.

O caso criou uma grande polêmica na sociedade australiana, onde as autoridades intensificaram o fechamento de agências dedicadas a buscar barrigas de aluguel na Tailândia.

As autoridades tailandesas abriram uma investigação sobre o uso dessas mães de aluguel, um recurso que, segundo a lei local, só é autorizado caso a mulher seja parente de um dos pais e proíbe a gestação em troca de dinheiro.

Um funcionário do alto escalão do Ministério da Saúde tailandês, Arkom Praditsuwan, disse ao jornal ‘The Nation’ que sete clínicas são autorizadas a realizar esse tipo de operação e outras cinco são suspeitas de fazê-la ilegalmente.

Arkom informou que, no caso do casal australiano, a fertilização foi realizada em uma clínica privada que já foi fechada, enquanto o parto aconteceu em um hospital privado nos arredores de Bangcoc.

Na Austrália, os moradores dos Estados de Nova Gales do Sul, Queensland e do Território de Canberra estão proibidos de contratar esse tipo de serviço no exterior.

Estima-se que cerca de 200 casais australianos esperam para adotar um bebê tailandês através desse procedimento.

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