Página atribuída a PM enaltece mortes em morro do Rio e fala em ‘resposta’

A operação da Polícia Militar na manhã desta terça-feira, no morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na zona norte do Rio de Janeiro, deixou seis suspeitos de ligação com o tráfico de drogas mortos, outros dois feridos e dois policiais baleados de raspão. Mas o que gerou controvérsia nas redes sociais foi a conotação […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

A operação da Polícia Militar na manhã desta terça-feira, no morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na zona norte do Rio de Janeiro, deixou seis suspeitos de ligação com o tráfico de drogas mortos, outros dois feridos e dois policiais baleados de raspão. Mas o que gerou controvérsia nas redes sociais foi a conotação que uma página no Facebook, supostamente ligada à uma ala feminina da corporação, deu para o saldo registrado pela PM.

Intitulada PMERJ FEM, a página na rede social postou uma forte imagem de cinco corpos tombados e ensanguentados no chão da comunidade com o seguinte texto: “a resposta à morte da SD Alda e do SD Rocha, ambos mortos no último final de semana, está sendo dada. Não denunciem. Não gostou, oculta”.

“SD Alda” é a soldada Alda Rafael Castilho, que foi morta a tiros, no último domingo, após ataque à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Parque Proletário, no complexo da Penha, também na zona norte do Rio. De acordo com comunicado da corporação, foi este o objetivo da operação de hoje: achar os criminosos que atacaram a unidade e mataram a policial.

Além dela, o soldado Rogério Rocha dos Santos Júnior (“SD Rocha”, na publicação), na noite do último sábado, também foi morto por criminosos numa tentativa de assalto em Marechal Hermes, também na zona norte do Rio. Ele era lotado na UPP Camarista do Méier.

O post com os corpos gerou alguns comentários contrários. Uma internauta retrucou que “quando morrer a família de vocês, eu quero ver vocês falarem isso tudo. Tá vendo arma de fogo? Tá vendo droga na foto? Como sabem se são bandidos”. Já outra mensagem dizia, simplesmente: “não entendo essa gente que vem aqui dar uma de defensor humano. Bandido bom, é bandido morto. Sem mimimi”.

O Terra entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar para saber o motivo da publicação da imagem e o principal: se a página tem algum tipo de ligação direta com a corporação. Até o momento da publicação desta reportagem, porém, não obteve resposta.

Conteúdos relacionados