Operários têm desafio de terminar obras da Copa do Mundo
Enquanto o amor pelo futebol começa a pulsar pelas ruas de Porto Alegre (RS), um grupo de operários se esforça para terminar uma das obras previstas no calendário da Copa antes que os principais jogos na cidade movimentem ainda mais o trânsito. Próximo à rodoviária e a uma estação de trem, o viaduto Júlio de […]
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Enquanto o amor pelo futebol começa a pulsar pelas ruas de Porto Alegre (RS), um grupo de operários se esforça para terminar uma das obras previstas no calendário da Copa antes que os principais jogos na cidade movimentem ainda mais o trânsito.
Próximo à rodoviária e a uma estação de trem, o viaduto Júlio de Castilhos ligará duas importantes avenidas. Tem um custo estimado de R$ 19,3 milhões e durante dois anos foi o campo onde pelo menos 40 funcionários passaram.
Com uniformes e equipamentos de segurança, nos últimos meses, alguns operários ainda trabalharam pesado para finalizar a obra. Em meio ao caos da cidade grande, eles têm atividades variadas: há motoristas, técnicos de segurança, carpinteiros, armadores de ferragem. Os funcionários envolvidos carregam na bagagem histórias de vida e anos de experiências na área.
Natural do Maranhão, Claudinei Rodrigues, 39 anos, mora em Porto Alegre há 17 anos e é um dos operários. Com experiência em supermercado e na área de mineração, ele é o motorista da obra. Para ele, dirigir com cuidado é importante nesta época. “A parte mais difícil do meu trabalho é ter responsabilidade no trânsito, principalmente nos horários de maior pico”, conta. Com o caminhão caçamba, ele transporta materiais como cimento e ferro, necessários para a realização da obra. “O que consigo levar, eu transporto.”
Aos 50 anos, Sebastião Bento veio em dezembro de 2012 direto do Paraná. O operário já percorreu diversos Estados do Brasil a trabalho, como Roraima, Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo. Depois da finalização da obra do viaduto, o trabalhador se mudará para outra cidade – quer encontrar outro emprego. Enquanto isso, ele realiza tarefas como mestre de obras. Para ele, o fato de o viaduto ser no centro da cidade torna o trabalho mais difícil. Isso porque carros passam a todo o momento e pessoas caminham próximas ao local: é o dia a dia da cidade grande.
Muitos operários do viaduto já viajaram por diversos outros locais a trabalho. Geralmente, eles são enviados a outros Estados para ajudarem em obras que necessitam de mão de obra. É o caso de Tonho Akino de Oliveira, 47 anos, que chegou a Porto Alegre especialmente para realizar a carpintaria na obra do viaduto. Antes, ele trabalhava em Belo Horizonte, em um local que já contava com muitos funcionários.
A cidade natal de Oliveira é Tabuleiro do Norte, no Ceará. Apesar disso, não era lá que ele morava antes: o operário deixou sua casa há 20 anos e percorreu boa parte do Brasil a trabalho. Na capital gaúcha, ele vive há pouco mais de um ano. O fato de morar longe de casa torna o contato com a família menos frequente. Seus dois filhos e sua mãe moram no Ceará. Ele visita os familiares a cada três meses e conversa com eles todos os dias, por telefone. Apesar disso, sente falta da convivência. “É ruim viver longe da família. Agora, está bom, porque vou seguido para casa, mas pretendo voltar a morar lá. Em Porto Alegre, é só uma temporada”, menciona.
Durante as temporadas que passam em determinadas obras, os operários vivem em diferentes lugares. Alguns moram em casas, outros em alojamentos, com mais colegas. Os que vivem perto do trabalho podem ir a pé até o viaduto, mas outros têm que pegar trem ou ônibus para se deslocar.
O armador de ferro da obra Luzaka Ferreira Lencina, 31 anos, mora na zona sul de Porto Alegre, em um bairro próximo ao estádio Beira-Rio. Mas para chegar ao local de trabalho, ele pega dois ônibus todos os dias. Para ele, ter que acordar muito cedo é difícil. O expediente começa às 7h, mas o operário levanta às 4h50min. Dessa forma, ele consegue pegar o primeiro ônibus às 5h30min e, assim, chega ao trabalho no horário correto.
Muitas histórias podem ser encontradas no viaduto Júlio de Castilhos, pois os operários que trabalham no local têm suas particularidades e algo para contar. A ação deles passa despercebida, mas é importante. Quando a obra for finalizada, facilitará o trânsito na região.
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