Naufrágio leva a demissão do primeiro-ministro

O primeiro-ministro sul-coreano apresentou hoje a demissão, numa intervenção televisiva transmitida em direto, assumindo pessoalmente a responsabilidade pelo naufrágio do navio ‘Sewol’ a 16 de abril, que causou mais de 300 mortos e desaparecidos. “Peço desculpa por ter sido incapaz de impedir este acidente de ter acontecido e de ter sido incapaz de gerir corretamente […]

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O primeiro-ministro sul-coreano apresentou hoje a demissão, numa intervenção televisiva transmitida em direto, assumindo pessoalmente a responsabilidade pelo naufrágio do navio ‘Sewol’ a 16 de abril, que causou mais de 300 mortos e desaparecidos.

“Peço desculpa por ter sido incapaz de impedir este acidente de ter acontecido e de ter sido incapaz de gerir corretamente as suas consequências”, disse Chung Hong-won que afirmou, em seguida, que, por isso, “devo assumir as minhas responsabilidades e pedir a demissão”.

A Presidente Park Geun-hye já aceitou a demissão, mas esta só se tornará efetiva após a conclusão das operações de busca, indicou o seu porta-voz.

O Governo, assim como a maior parte das instituições oficiais relacionadas com o caso, têm sido alvo de fortes críticas das famílias das vítimas que acusam as autoridades de terem exagerado, nas suas declarações, a dimensão dos meios envolvidos em relação àqueles realmente presentes no local do acidente.

O número de mortos confirmados é agora de 188, mas 114 pessoas continuam desaparecidas, muito provavelmente no interior do navio que naufragou a 16 de abril, com 476 pessoas a bordo, das quais 325 estudantes liceais.

Onze dias após a tragédia, as equipas de salvamento perderam qualquer esperança de encontrarem sobreviventes e as famílias denunciam o ritmo a que, segundo estas, foram levadas a cabo as operações de recuperação dos corpos.

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