‘Não fui eu que fiz a gestão’, diz Eduardo Rocha sobre gasto com CPI da Saúde
O deputado estadual Eduardo Rocha (PMDB) nega ter participado da gestão de recursos e contratações da CPI da Saúde, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O parlamentar não considera absurda a despesa de R$ 215 mil da comissão e afirma que não viu “nenhuma bagunça”. “Eu não vi bagunça, aliás vi o povo […]
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O deputado estadual Eduardo Rocha (PMDB) nega ter participado da gestão de recursos e contratações da CPI da Saúde, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O parlamentar não considera absurda a despesa de R$ 215 mil da comissão e afirma que não viu “nenhuma bagunça”.
“Eu não vi bagunça, aliás vi o povo trabalhando”, afirmou Rocha. O deputado ainda disse que a despesa corresponde ao trabalho realizado pela CPI. “Não foi apenas uma investigação, fizemos um amplo levantamento de problemas de repasse de recurso público para a Saúde, a realidade de muitos municípios”, completou o deputado.
Em relação ao resultado da investigação, Rocha disse que não depende mais dos deputados, mas dos ministérios públicos Estadual e Federal. “Todos os documentos foram entregues ao Ministério Público agora é esperar o resultado”, finalizou.
Prestação de contas
A CPI da Saúde realizada pela Assembleia custou R$ 214.992,94 aos cofres públicos. Segundo a prestação de contas assinada pelo presidente Amarildo Cruz (PT) e publicada na edição de ontem, no Diário Oficial do legislativo estadual, só com consultores foram gastos R$ 132.764,00.
A Comissão Parlamentar de Inquérito foi criada para investigar o investimento de recursos públicos nos serviços de Saúde do Estado. A comissão visitou 14 hospitais em todo o Estado, ouviu 96 pessoas em 35 audiências e analisou mais de 70 mil documentos. O relatório final foi apresentado no dia 2 de dezembro do ano passado, com 104 páginas e foi aprovado pela maioria. Porém, não indiciou ninguém.
Somente um dos consultores contratados, Vinícius Alexander Oliva Sales Coutinho, que tem uma empresa de perícia, levou R$ 32.210,60. O segundo que mais recebeu pela consultoria foi o médico e professor da Unicamp, Carlos Roberto Soares Freire de Rivorêdo, no valor de R$ 25.676,70, mais um reembolso de passagem aérea em setembro, no valor de R$ 1.476,38.
A CPI foi composta dos deputados estaduais Amarildo Cruz – presidente, Lauro Davi (PSB) – vice-presidente, Junior Mochi (PMDB) – relator, Eduardo Rocha (PMDB) – vice-relator e Onevan de Matos (PSDB) – membro.
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