Manifestates cercam a sede do governo na Tailândia

Milhares de manifestantes, que exigem há vários meses a renúncia da primeira-ministra tailandesa Yingluck Shinawatra, cercavam nesta segunda-feira, 17, a sede do governo, apesar de uma recente operação policial para desalojar a região. “Yingluck não terá nenhuma possibilidade de voltar a trabalhar na Casa de Governo”, afirmou Suthep Thaugsuban, líder do movimento, objeto de uma […]

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Milhares de manifestantes, que exigem há vários meses a renúncia da primeira-ministra tailandesa Yingluck Shinawatra, cercavam nesta segunda-feira, 17, a sede do governo, apesar de uma recente operação policial para desalojar a região.

“Yingluck não terá nenhuma possibilidade de voltar a trabalhar na Casa de Governo”, afirmou Suthep Thaugsuban, líder do movimento, objeto de uma ordem de prisão por insurreição. “Não permitiremos que o governo retorne a suas funções”, completou.

Os manifestantes começaram a construir um muro de cimento diante das grades do complexo governamental, onde Yingluck e seus ministros não conseguem se reunir há dois meses.

Na sexta-feira, centenas de policiais desalojaram a área ao redor da Casa de Governo. Mas depois da intervenção, que aconteceu sem confrontos ou detenções, os militantes retornaram para reconstruir suas barricadas de pneus e sacos de areia.

Os manifestantes – que registraram uma queda considerável no número de integrantes nas últimas semanas – exigem há três meses a saída de Yingluck e o fim da influência de seu irmão Thaksin, ex-premier destituído por um golpe de Estado em 2006 e acusado de dirigir o país do exílio.

Desde o golpe de Estado de 2006, a Tailândia é cenário de reiteradas crises políticas, com manifestações sucessivas de partidários e inimigos de Thaksin.

As massas rurais e urbanas desfavorecidas do norte e nordeste são leais a Thaksin, enquanto as elites de Bangcoc o consideram uma ameaça para a monarquia.

As eleições legislativas antecipadas de 2 de fevereiro não conseguiram tirar o país da crise.

Os manifestantes, que desejam a substituição do governo por um “conselho do povo” não eleito, perturbaram as eleições, ainda sem resultados anunciados, à espera de outras duas novas jornadas de votação previstas para abril.

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