Mania de pedir favor a políticos invade WhatsApp das campanhas em Mato Grosso do Sul

O WhatsApp ultrapassou seu limite de simples aplicativo para troca de mensagens e está sendo uma das ferramentas dos candidatos neste ano. Muitos eleitores usam corretamente o canal, mas outros aproveitam para fazer pedidos “estranhos” aos candidatos ao governo. Dos seis postulantes ao governo de Mato Grosso do Sul, dois utilizam o famoso “zap zap” […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O WhatsApp ultrapassou seu limite de simples aplicativo para troca de mensagens e está sendo uma das ferramentas dos candidatos neste ano. Muitos eleitores usam corretamente o canal, mas outros aproveitam para fazer pedidos “estranhos” aos candidatos ao governo.

Dos seis postulantes ao governo de Mato Grosso do Sul, dois utilizam o famoso “zap zap” para se comunicar com o eleitor: senador Delcídio do Amaral (PT) e o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB). O deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), Professor Sidney Melo (PSOL), Evander Vendramini (PP) e Professor Monje (PSTU) não utilizam esta ferramenta.

A maior parte dos pedidos é em relação a empregos na campanha. Outra solicitação bem comum é em relação à casa própria. Muitos querem seu espaço e aproveitam o momento para tentar conseguir. Mas também há o outro lado com manifestação de apoio ao candidato e pedidos de material de campanha.

Na lista de demandas estranhas, está o de uma jovem que pediu ajuda financeira para fazer o casamento da cachorrinha de sua avó. Outra também pediu dinheiro para pagar o implante dentário do pai. Para ter mais peso, ela inclusive mandou a foto da boca do pai quase sem dentes.

Teve um jovem que pediu para ajudar no trabalho escolar e mandou no WhatsApp do candidato as questões solicitadas pelo professor como o coeficiente eleitoral do Estado e as coligações participantes do pleito.

Em situações como essa, a equipe dos candidatos não tem poder para atender, mas não podem deixar de serem gentis com a atenção do eleitor. A resposta acaba sendo: “Infelizmente não vamos poder atender”. A legislação eleitoral proíbe atender pedidos dos eleitores, o que pode configurar compra de votos.

A ferramenta foi incluída na campanha eleitoral para estreitar os laços com os eleitores que podem mandar sugestões aos candidatos, pedir material de campanha. Na campanha do petista, o recurso também informa com antecipação novidades como jingles e vídeos.

Apesar de a ferramenta ser uma novidade, os coordenadores de campanha dizem que a quantidade de mensagens tem tido bastante volume. O número de contatos, no entanto, não foi revelado por que questão de estratégia.

Outros meios

As redes sociais devem fazer a diferença na campanha eleitoral deste ano. O Facebook, inclusive, tem sido alvo de vários processos judiciais, principalmente em relação aos fakes. Mas por outro lado, também tem sido uma ferramenta de comunicação instantânea entre candidatos e eleitor, ainda mais entre os postulantes que não pretendem gastar muito na campanha.

Reinaldo utiliza um aplicativo no Facebook chamado “Boas práticas” que serve para informar o eleitor sobre as propostas de campanha. “Nosso objetivo é garantir a livre manifestação, trocar experiências e debater ideias. Na apresentação já alerta sobre comentários ofensivos e fakes que serão bloqueados.

Professor Monje, Vendramini e Sidney Melo têm usado o Facebook mais para divulgar suas ações de campanha com fotos.

Conteúdos relacionados