Infestação de pombos preocupa moradores em Campo Grande e CCZ aponta soluções

São comuns as reclamações de leitores do Midiamax com relação a problemas causados por pombos em Campo Grande. Em uma das últimas, um usuário da rodoviária da Capital denuncia a infestação de aves no saguão do local. Poucos sabem, mas a solução correta é procurar o CCZ (Centro de Controle de Animais). Segundo o passageiro Aldemar […]

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São comuns as reclamações de leitores do Midiamax com relação a problemas causados por pombos em Campo Grande. Em uma das últimas, um usuário da rodoviária da Capital denuncia a infestação de aves no saguão do local. Poucos sabem, mas a solução correta é procurar o CCZ (Centro de Controle de Animais).

Segundo o passageiro Aldemar de Matos, trabalhador da construção civil, a situação não é novidade e, sempre que viaja, se incomoda com a presença dos pombos.

Aldemar disse que uma mulher com duas crianças comia no saguão da rodoviária e alimentava as aves que estavam no local. Na ocasião, pelo menos 20 pombos “andavam” entre passageiros, bancos e, até mesmo, sob as mesas.

No entanto, a situação não é exclusiva da rodoviária. O Mercadão Municipal e a Praça Ary Coelho, por exemplo, são locais “famosos” pela concentração de pombos em Campo Grande. Os grandes supermercados também não escapam da ação dos pássaros, como já foi mostrado pelo Midiamax. A recomendação é a mesma em todos os casos: não alimentar as aves e, em locais fechados, vedar aberturas onde o pombo possa fazer ninho.

A bióloga e chefe do serviço de controle de roedores, animais peçonhentos e filantrópicos do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), departamento que cuida de animais e saúde pública, em Campo Grande, Silvia Barbosa do Carmo, diz que a orientação é adequação física e controle de produção de resíduos. “O correto é aliar os quatro “as”: acesso, abrigo, alimento e água”.

De acordo com Silvia, se essas ações forem feitas o animal não vai se instalar. “Não tendo abrigo, alimento nem água, o pombo não sobrevive naquele lugar e sai em busca de outros”, ressalta.

Nestes casos, o CCZ faz vistorias nos locais de concentração de pombos e, em seguida, elabora relatório com as sugestões do que deve ser feito para solucionar o problema. A bióloga conta que este tipo de relatório tem caráter de orientação. Somente em casos de grande risco para saúde que o dono é obrigado a se adequar, caso contrário, uma multa é aplicada.

No Mercadão Municipal, segundo Silvia, foi feita a vistoria e o estabelecimento vedou as aberturas e orientou os proprietários a não alimentarem os pombos. Já com relação à rodoviária, a vistoria e relatório com as adequações também foram feitas em 2012, porém, pelo menos a parte de vedação de aberturas não foi feita.
O Midiamax procurou a administração da rodoviária para saber se existem planos de adequação, mas o responsável não pode atender.

Saúde pública

Segundo a bióloga, a infestação de pombos é considerada um problema de saúde pública, por isso o cuidado deve ser grande. “Nas fezes do animal existem fungos e bactérias que podem resultar em doença, caso o ser humano entre em contato”, explica. Entre as doenças Silvia cita reação alérgica como a mais branda e criptococose, histoplasmose e salmonelose as mais graves.

Orientação

Em caso de concentração de pombos, em residências ou locais públicos, Sílvia recomenda que o CCZ seja informado sempre. Além disso, a bióloga alerta para que o cidadão não mate os pombos. “Existem algumas lojas de produtos de agropecuária que vedem grãos impregnados com veneno, mas é crime”. De acordo com a bióloga, a prática é configurada como crime ambiental de maus-tratos.

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