Fraldário improvisado e mau atendimento geram reclamações na Cândido Mariano

Mães que levam seus filhos para fazer os testes de prevenção reclamam da falta de estrutura e do mau atendimento da Maternidade Cândido Mariano. A indignação delas é que não tem fraldário e o tempo de espera é longo, cerca de duas horas. Segundo as mães, elas têm de chegar entre 11h e 12h para […]

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Mães que levam seus filhos para fazer os testes de prevenção reclamam da falta de estrutura e do mau atendimento da Maternidade Cândido Mariano. A indignação delas é que não tem fraldário e o tempo de espera é longo, cerca de duas horas.

Segundo as mães, elas têm de chegar entre 11h e 12h para preencher a ficha, mas o atendimento começa às 13h. “Teve uma mãe que chegou meio-dia e cinco e a funcionária não quis fazer a ficha dela”, reclamou Rita Fernandes Alves, de 26 anos.

Durante o tempo de espera, elas precisam de um fraldário. Mas é oferecida apenas uma mesa de escritório dentro do banheiro. “É uma vergonha. Esse é considerado o melhor do Estado, mas é muito ruim. Quando ela nasceu, há seus meses, não tinha nem a mesa”, afirmou Rita.

Outra mãe que também vai à maternidade há seis meses, Rosemayre Vieira Monteiro, de 28 anos, reclamou da falta de informação por parte da maternidade. “Eles poderiam dizer que após fazer a ficha, o atendimento começa duas horas depois”, disse.

Rosemayre ressaltou ainda que as mães se viram como podem para cuidar dos bebês durante a espera. “Não tem lugar para trocar, quando tem um banco vazio trocamos ali”, enfatizou.

A assistente social Talina Mara Ricardino Bronze da Cruz admitiu a falta de estrutura da maternidade. “Realmente não disponibilizamos este espaço (fraldário) para os atendimentos externos”, pontuou.

Outro lado

O administrador da maternidade, Renato Cubel, informou que o local passa por reforma e que será construído o fraldário. “Temos um projeto e está incluída a construção do fraldário na recepção”, informou.

Quanto à demora do atendimento, Renato disse que o serviço do teste da orelhinha é terceirizado. “O teste da orelhinha é terceirizado”, afirmou o administrador.

Já a fonoaudióloga Leda Maria Paes justificou a demora do atendimento porque a demanda aumentou depois que apenas a maternidade passou a fazer este tipo de atendimento. “Hoje atendemos cerca de 300 pacientes internados e de 150 a 200 externos. Estamos atendendo de outros hospitais também”, disse.

Leda explicou ainda que a prioridade são os recém-nascidos. “A prioridade são os recém-nascidos, os de seis meses tem de esperar”, afirmou. O teste é feito até 48 horas depois do nascimento do bebê. Se for preciso, a profissional pede o retorno após 15 dias.

Além disso, Leda disse que o acompanhamento até seis meses é uma espécie de cortesia. “Dos de seis meses não é nossa responsabilidade, só os de 15 dias”, completou.

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