Ex-advogado da CIA justifica técnicas de interrogação polêmicas

O advogado americano que, em 2002, deu um parecer técnico positivo para as polêmicas técnicas de interrogação da agência de inteligência CIA afirma que poderia ter mudado a história e a imagem da organização perante o público, se tivesse tomado uma decisão diferente. Hoje aposentado, John Rizzo chefiou por sete anos a divisão de advogados […]

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O advogado americano que, em 2002, deu um parecer técnico positivo para as polêmicas técnicas de interrogação da agência de inteligência CIA afirma que poderia ter mudado a história e a imagem da organização perante o público, se tivesse tomado uma decisão diferente.

Hoje aposentado, John Rizzo chefiou por sete anos a divisão de advogados responsáveis por examinar a legalidade dos métodos de interrogação.

Em março de 2002, agentes da CIA elaboraram um “programa avançado de interrogação”, que previa o uso de técnicas como afogamento (“waterboarding”) e privar detentos de sono.

Rizzo decidiu, em seu parecer, que as técnicas eram legais. No entanto, anos depois, quando os métodos vieram a público, foram duramente criticados.

O presidente americano, Barack Obama, chegou a se referir às técnicas como “tortura”. Em sua gestão, o programa avançado de interrogação da CIA foi fechado, após anos de críticas que prejudicaram a imagem da agência.

O ex-advogado acredita que seu parecer foi correto, e que na época aqueles meios justificavam o objetivo final da agência, que era o de impedir atentados terroristas.

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