Estudantes espancam aluna nova por ciúmes em escola pública do Aero Rancho

Uma adolescente de 16 anos foi agredida na tarde de sexta-feira (28), quando saía da escola Caic (Centro de Atendimento Integral à Criança) Rafaela Abrão, no bairro Aero Rancho – região sul de Campo Grande. A motivação principal seria ciúmes da jovem, era nova na instituição. O fato foi registrado na Polícia Civil, após o […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Uma adolescente de 16 anos foi agredida na tarde de sexta-feira (28), quando saía da escola Caic (Centro de Atendimento Integral à Criança) Rafaela Abrão, no bairro Aero Rancho – região sul de Campo Grande. A motivação principal seria ciúmes da jovem, era nova na instituição. O fato foi registrado na Polícia Civil, após o colégio não tomar nenhuma providência, segundo informações da mãe da vítima. 

O nome da estudante e da mãe foram preservados, conforme exigência do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). 
A jovem contou à equipe do Midiamax que ao sair da escola, por volta das 17h30, seguiu até um ponto de ônibus. “Fui cercada por um grupo de cinco alunos, sendo três garotas e dois meninos. Não entendi o que estava acontecendo, tentei seguir para o ponto de ônibus, mas duas delas vieram para cima de mim e começaram a me bater”, lembra. 
Com lágrimas nos olhos, ela recorda que foi agredida com socos no rosto, boca, foi jogada no chão, recebeu diversos pontapés e chegou a ser arrastada pelos cabelos. “Foi horrível, não quero voltar mais lá”. 
Traumatizada, a mãe da jovem a tirou da escola e procurou a direção, que se limitou dizendo que, “o problema não é da escola, pois a briga foi do lado de fora do portão”, ignorando que os alunos pertencem à instituição e estavam uniformizados. 
BRIGA 
A jovem de 16 anos tinha acabado de ser transferida para a escola Caic do Aero Rancho. Há um mês, ela estava estudando no 8º ano do ensino fundamental. Durante o intervalo, foi abordada por um garoto na hora do intervalo, que começou a conversar com ela. 
“Nem sabia quem ele era. Ele veio falar comigo e perguntou da onde eu era, o que estava achando dali e bobeiras”, conta. 
Durante as agressões, as meninas questionavam se ela estava interessada no “garoto da hora do intervalo”, o que ela tinha com ele, se estava furando os olhos delas. “Não sei mesmo quem era ele, e muito menos quem me cercou”, afirma. 
Após a briga, a jovem não encontrou o aparelho de celular, anel e corrente, ambos de ouro. Pelo corpo, ainda há marcas da agressão. Ela passou por um exame de corpo de delito no Imol (Instituto Médico Odontológico Legal).
“Isso é um absurdo, a escola não tomar nenhuma providência. Se eles fecham os olhos para isso, eu faço, procurei a delegacia para denunciar o caso, e tirei minha filha de lá, não quero que ela seja agredida de novo ou perseguida dentro da escola. Ela está estudando  com os agressores. Ela foi lá pra estudar e não para ser agredida”, conclui a mãe.

Conteúdos relacionados