Em busca de acordo coletivo, servidores do Crea pedem que presidente os ouça

Servidores colocaram faixa na sede do Conselho Regional de Engenharia de Mato Grosso do Sul (Crea-MS) em Campo Grande pedindo que o presidente ouça as reivindicações da classe. Cerca de cem servidores solicitam melhorias salariais através de acordo coletivo feito pelo Sindicato dos Empregados em Conselhos, Ordens de Fiscalização Profissional e Caixa de Assistência de Mato Grosso do Sul (Sindecof-MS), negado pelo Crea.

De acordo com Márcia Abrão, presidente do Sindicato, o Conselho declarou que não haverá negociação. As reivindicações são: aumento real de 10% no salário, aumento no vale-alimentação, que é de R$ 300, para R$ 600 e cobertura total do plano de saúde (atualmente eles têm cobertura de 50%).

“Mesmo com a alta arrecadação que o Crea tem, a defasagem salarial é grande e de muitos anos. Para corrigir de imediato temos que usar os benefícios”, explica a presidente. Segundo ela, o Crea quer dar apenas o índice da inflação e aumento de R$ 25 no vale-alimentação. A categoria não cogita entrar em greve. “Acreditamos na negociação”.

De acordo com a assessoria jurídica, todas as propostas apresentadas à presidência do Crea-MS pelos representantes do Sindecof/MS estão sob análise contábil e jurídica, a fim de verificar se eventualmente podem ser atendidas.

A nota cita ainda a Lei de Responsibilidade Fiscal, que condiciona suas despesas à capacidade de arrecadação de tributos, impossibilitando de conceder quaisquer reajustes que não estejam de acordo, sob pena do ato ser considerado como de improbidade.

“No mais, é preciso deixar bem claro que os funcionários já estão sendo beneficiados com o reajuste salarial de 8% (que é acima do que foi por eles pleiteado e acima da inflação oficial do período) e o aumento no vale alimentação, os quais já foram pagos no dia 1º de junho do corrente, data base estabelecida pelo Sindicato”, finaliza.