Dólar segue exterior e sobe 0,57%, com PIB fraco na Europa

O dólar fechou em alta ante o real nesta quinta-feira, refletindo a aversão ao risco no mercado externo após crescimento mais fraco da economia da zona do euro. O movimento no mercado brasileiro foi limitado pela constante atuação do Banco Central que, para muito operadores, acabou criando uma banda informal para a moeda americana entre […]

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O dólar fechou em alta ante o real nesta quinta-feira, refletindo a aversão ao risco no mercado externo após crescimento mais fraco da economia da zona do euro.

O movimento no mercado brasileiro foi limitado pela constante atuação do Banco Central que, para muito operadores, acabou criando uma banda informal para a moeda americana entre R$ 2,20 e R$ 2,25. A moeda americana subiu 0,57%, a R$ 2,2208 na venda, após recuar 0,30% na véspera. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,3 bilhão.

“O mercado sucumbiu aos dados externos”, resumiu o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo. A economia da zona do euro cresceu muito menos que o esperado no começo do ano e a inflação permaneceu presa na “zona de perigo”, abaixo de 1%, aumentando a pressão sobre o BCE para que afrouxe a política monetária em sua próxima reunião em junho.

O número do primeiro trimestre ficou positivo principalmente graças ao forte crescimento na maior economia do bloco, a Alemanha, que compensou estagnação na França e redução na produção na Itália, Holanda, Portugal e Finlândia. No exterior, o dólar subia frente a outras moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano . O euro, ao contrário, chegou a atingir a mínima em 11 semanas em relação à moeda norte-americana devido às expectativas de estímulos do BCE.

No Brasil, o fluxo de entrada de recursos continua positivo, o que acaba também evitando altas mais expressivas da moeda norte-americana. Nesta quinta-feira, a companhia de alimentos BRF lançou US$ 750 milhões em títulos de 10 anos. “A alta de hoje não indica tendência. O fluxo está forte demais para que o dólar suba muito mais do que isso”, afirmou o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

Também pesa a atuação diária do BC. Mais cedo, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps com vencimento em 2 de março do próximo, com volume equivalente a US$ 198,3 milhões. A autoridade monetária também ofertou swaps para 1º de dezembro de 2014, mas não vendeu nenhum contrato. Em seguida, também vendeu a oferta total em leilão de rolagem. Até agora, o BC rolou pouco menos de 25%do lote total para o próximo mês, que equivale a US$ 9,653 bilhões.

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