Dólar fica quase estável e estaciona abaixo de R$ 2,25

O dólar fechou praticamente estável ante o real nesta sexta-feira, com diversos investidores ausentes entre o feriado do Corpus Christi e o fim de semana. E os que sobraram ficaram mais atentos aos jogos da Copa do Mundo. A moeda dos Estados Unidos teve variação positiva de 0,06%, a R$ 2,2313 na venda, depois de […]

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O dólar fechou praticamente estável ante o real nesta sexta-feira, com diversos investidores ausentes entre o feriado do Corpus Christi e o fim de semana. E os que sobraram ficaram mais atentos aos jogos da Copa do Mundo.

A moeda dos Estados Unidos teve variação positiva de 0,06%, a R$ 2,2313 na venda, depois de fechar com queda de 1,20% na sessão anterior. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,3 bilhão. “Em primeiro lugar, o feriado esvazia o mercado. Depois, tem o fato de que é último dia da semana, que é naturalmente mais tranquilo. Somando os jogos da Copa, aí sim, pode esquecer”, afirmou o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues, referindo-se às partidas da fase de grupos da Copa do Mundo.

Às 13h, a Itália jogou contra a Costa Rica e às 16h, teve início a disputa entre Suíça e França. Durante os jogos, o dólar oscilou muito pouco. Segundo dados da Reuters, por exemplo, a cotação do dólar à vista estacionou em R$ 2,2380 entre as 13h16 e as 13h26. Em dias normais de negociação, a cifra oscila várias vezes de forma nervosa em um único minuto. “Nas duas horas do primeiro jogo, vi apenas duas ofertas de negociação”, disse Rodrigues.

Com isso, a divisa assentou-se abaixo do teto informal de R$ 2,25, após testar níveis mais altos nos últimos dois pregões. Boa parte do mercado acredita que o Banco Central brasileiro não quer cotações acima desse patamar, com medo de impactos sobre a inflação via encarecimento de importados, mas também não quer abaixo de R$ 2,20, para não prejudicar as exportações.

Os temores de que o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) poderia adotar um tom mais duro sobre o futuro da política monetária no país levaram a moeda norte-americana a ultrapassar o teto informal nesta semana no mercado de câmbio brasileiro. Mas o Fed e a chair Janet Yellen mantiveram a retórica cautelosa após a reunião desta semana e o dólar corrigiu os excessos.

“A tendência, agora, é que continue mais ou menos nesse patamar, porque aquela preocupação com o Federal Reserve do começo da semana ficou de lado”, disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira. Nesta sessão, o Banco Central brasileiro deu continuidade às rações diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, com volume equivalente a 198,6 milhões de dólares. Foram 3,5 mil contratos para 2 de fevereiro e 500 para 1º de junho de 2015.

Em seguida, vendeu a oferta total de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em julho. Ao todo, já rolou pouco mais de 60% do lote total, que corresponde a US$ 10,060 bilhões.

No início da sessão, o dólar chegou a esboçar altas um pouco maiores, chegando a R$ 2,2427 na máxima do dia. O movimento refletiu a valorização da moeda dos EUA no exterior, ainda reagindo à queda dos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA na semana passada e à aceleração na atividade no meio-Atlântico.

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