Dólar fecha em alta de 1,09% frente ao real diante de inflação dos EUA

Depois de abrir em queda, o dólar virou e fechou em alta frente ao real, acompanhando o movimento no mercado externo diante do dado mais forte que o esperado da inflação ao consumidor nos Estados Unidos, que realimentou a expectativa de que o Federal Reserve pode antecipar a alta da taxa básica de juros. Os […]

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Depois de abrir em queda, o dólar virou e fechou em alta frente ao real, acompanhando o movimento no mercado externo diante do dado mais forte que o esperado da inflação ao consumidor nos Estados Unidos, que realimentou a expectativa de que o Federal Reserve pode antecipar a alta da taxa básica de juros.

Os investidores seguem cautelosos à espera do início da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed , que começa hoje e termina amanhã, e dos detalhes da prorrogação do programa de intervenção no câmbio do Banco Central.

O dólar comercial subiu 1,09% , encerrando a R$ 2,2622, no maior patamar desde 5 de junho. Já o contrato futuro para julho avançou 1,14%, encerrando a R$ 2,269, em dia de pregão mais curto por causa do jogo do Brasil contra a seleção do México na Copa do Mundo. “O giro financeiro foi mais fraco hoje por conta do jogo do Brasil e do feriado de Corpus Christi na quinta-feira”, afirma Reginaldo Siaca, gerente de câmbio da Advanced Corretora.

No exterior, o dólar ganhou força frente às principais moedas após a divulgação da inflação ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês), que subiu 0,4% em maio, acima do esperado pelos analistas, que previam uma alta de 0,2%.

Com o Fed devendo encerrar as compras de ativos até o fim do ano, a atenção dos investidores desloca-se para quando a autoridade monetária dos Estados Unidos deve começar a aumentar as taxas de juros. Hoje o dado de inflação levou a uma alta das taxas dos títulos do Tesouro norte-americano (Treasuries), contribuindo para o aumento da aversão a ativos de maior risco.

A moeda americana subia 0,79% frente ao rand sul-africano, 0,33% em relação à lira turca e 0,52% diante do peso mexicano. No mercado local, os investidores aguardam os detalhes sobre a nova etapa do programa de oferta de swap cambial, no segundo semestre. Segundo Siaca, da Advanced Corretora, o BC deve esperar a reunião do Fomc para anunciar as condições da oferta de swaps na nova etapa do programa. Segundo operadores, se o dólar voltar a encostar no patamar de R$ 2,30 cresce a chance do BC manter a venda diária de US$ 200 milhões por meio de leilões de swaps cambiais.

Hoje o BC vendeu todos os 4 mil contratos de swap cambial ofertados dentro do programa de intervenção, cuja operação poderá somou US$ 198,5 milhões.

O BC ainda rolou mais 10 mil contratos de swap cambial que venceriam em 1º de julho, cuja operação totalizou US$ 500 milhões. Com isso, restam US$ 4,310 bilhões em swaps a serem renovados.

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