Dólar fecha com alta a R$ 2,37

O dólar fechou em leve alta nesta quarta-feira, após registrar pequenas variações durante a maior parte do dia, sustentando-se acima do patamar de R$ 2,35 ao fim de uma sessão marcada por poucas notícias, apesar da constante atuação do Banco Central. A moeda americana subiu 0,47%, a R$ 2,3725 na venda, depois de bater R$ […]

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O dólar fechou em leve alta nesta quarta-feira, após registrar pequenas variações durante a maior parte do dia, sustentando-se acima do patamar de R$ 2,35 ao fim de uma sessão marcada por poucas notícias, apesar da constante atuação do Banco Central. A moeda americana subiu 0,47%, a R$ 2,3725 na venda, depois de bater R$ 2,3549 na mínima do dia e R$ 2,3773 na máxima. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 2,1 bilhões.

“Hoje não foi um dia de grandes notícias e o dólar acabou tendo poucas oscilações”, afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

Investidores identificam o nível de R$ 2,35 como importante piso de resistência, uma vez que ainda ajuda as exportações mas não é inflacionário. O dólar vem oscilando em torno desse patamar desde o início de dezembro.

Durante boa parte do pregão, a divisa dos Estados Unidos operou perto da estabilidade ante o real, sem eventos que pudessem motivar grandes apostas.

“O dólar está caminhando de lado, sem grandes notícias, em compasso de espera”, resumiu o gerente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca.

O dólar fechou com leve alta nesta sessão mesmo com o BC dando continuidade às intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais tradicionais –equivalentes a venda futura de dólares. Foram 500 contratos com vencimento em 2 de maio, depois de ficar alguns dias sem vendê-los, e 3,5 mil swaps para 1º de setembro deste ano. A operação teve volume equivalente a US$ 198 milhões.

Além disso, fez durante a manhã a quinta etapa da rolagem dos swaps que vencem em 3 de fevereiro, vendendo a oferta total de 25 mil contratos. Com isso, a autoridade monetária já rolou cerca de 55% do lote total do próximo mês.

Investidores também continuaram sob a expectativa da próxima reunião do Federal Reserve, em 28 e 29 de janeiro, quando o banco central americano pode anunciar mais um corte de US$ 10 bilhões no programa de compras mensais de títulos, hoje em US$ 75 bilhões. A decisão reduziria ainda mais a liquidez global.

A decisão reduziria ainda mais a liquidez global, sugerindo que o cenário de saídas de divisas do Brasil tenderia a continuar. Na semana passada, o fluxo cambial do país ficou negativo em US$ 677 milhões, acumulando no mês déficit de US$ 1,894 bilhão.

O mercado tinha, desde a semana passada, a expectativa de entrada de dólares no País após empresas anunciarem captação de recursos no exterior.

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