Dólar cai 0,30% com fluxo, mas não rompe piso de R$ 2,20
dólar fechou em queda nesta quarta-feira, reagindo a fluxos de ingresso de recursos externos no Brasil, mas não conseguiu romper o piso informal de R$ 2,20 em meio à constante intervenção do BC brasileiro. A moeda americana recuou 0,30%, a R$ 2,2083 na venda, após chegar a R$ 2,2033 na mínima da sessão. Segundo dados […]
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dólar fechou em queda nesta quarta-feira, reagindo a fluxos de ingresso de recursos externos no Brasil, mas não conseguiu romper o piso informal de R$ 2,20 em meio à constante intervenção do BC brasileiro.
A moeda americana recuou 0,30%, a R$ 2,2083 na venda, após chegar a R$ 2,2033 na mínima da sessão. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1 bilhão. “O que vimos nas últimas semanas é que nada no noticiário tem sido suficiente para tirar o dólar dessa faixa de R$ 2,20 a R$ 2,25”, afirmou o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
O dólar tem oscilado dentro dessa banda informal desde o início de abril. A interpretação é que o patamar agradaria o BC pois não é inflacionário e ao mesmo tempo não prejudica as exportações. À tarde, o dólar imprimiu ritmo de queda um pouco mais intenso devido, segundo analistas, a ingressos externos com investidores estimulados pela forte queda dos rendimentos dos títulos da dívida pública norte-americana.
O movimento eleva o diferencial de juros entre o Brasil, que já paga taxas mais altas, e os Estados Unidos, atraindo investidores em busca de maiores retornos. É a estratégia adotada, por exemplo, por investidores japoneses, que tomam emprestado em ienes e aplicam em ações e títulos brasileiros.
“O fluxo de estrangeiros tem sido intenso desde o começo do ano e o mercado externo mais tranquilo hoje favorece esse movimento”, disse o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca. Entre o início do ano e 9 de maio, o Brasil registrou entrada líquida de US$ 3,104 bilhões, segundo o BC. Em comparação, no mesmo período no anterior, o superávit ficou em US$ 720 milhões.
O dólar bem comportado também vem da constante intervenção da autoridade monetária. Pela manhã, deu continuidade às atuações diárias, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, equivalentes a venda futura de dólares. Foram 700 contratos para 1º de dezembro deste ano e 3,3 mil para 2 de março do próximo, com volume equivalente a US$ 198,3 milhões.
Em seguida, também vendeu a oferta total em leilão de rolagem. Até agora, o BC rolou pouco mais de 20% do lote total para o próximo mês, que equivale a US$ 9,653 bilhões. No exterior, o euro oscilava perto da estabilidade ante a moeda norte-americana, após o banco central da Inglaterra minimizar expectativas de aperto monetário no curto prazo.
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