Diretora diz que superlotação no Centro Pediátrico será investigada

Um dia após tumulto no Centro Municipal Pediátrico, a diretora da unidade Renata Guedes, disse que o fluxo de atendimento foi estabilizado. Ela declarou ainda que a grande demanda registrada na tarde dessa segunda-feira (13) foi estimulada e caso a situação se repita, poderá ser investigada.

“Fizemos 275 atendimentos em 2 horas. No dia todo foram 380. Entre todos os pacientes atendidos, apenas 30 ficaram em observação, os demais foram medicados e liberados, ou seja, poderiam ter sido atendidos nas unidades de saúdes próximas às suas residências”, explicou.

A diretora do Centro Pediátrico defendeu que a demanda foi incentivada. “Imaginávamos que o fluxo seria gradativo, mas esses pacientes foram orientados em outras unidades de saúde a se dirigirem ao Centro”, garantiu.

A operadora de caixa, Keithy Dos Santos, de 23 anos, mora no Santa Emília e optou por levar a filha de 1 ano ao Centro Pediátrico. “Aqui acabou sendo o lugar mais perto para mim”, relatou.

A diretora da unidade destacou que o Centro está aberto para toda a população, mas é necessário analisar os casos. “Vamos atender sempre que tiver esse déficit de profissionais, mas os médicos generalistas não podem se negar a atender, eles ganham mais para isso, mas se a situação ocorrer outras vezes, teremos que investigar”, afirmou.

Questionada a respeito do salário dos pediatras que atendem no Centro, a diretora da unidade disse que eles são remunerados de acordo com a função.“ Abrimos a oportunidade para todos os funcionários da rede municipal de saúde. Todos os médicos são concursados e especialistas e ganham por isso”, finalizou.

O local conta com 68 técnicos em enfermagem, 35 funcionários do setor administrativo, 28 médicos, 24 enfermeiros, 8 farmacêuticos, 4 assistentes sociais e 4 motoristas. Segundo a direção do hospital, até às 9h30 desta terça-feira (14) 48 pacientes tinham sido atendidos e a capacidade de atendimento diário é de 500 crianças.