Curitiba corre contra o tempo para finalizar obras da Copa do Mundo

A Copa do Mundo está cada vez mais próxima. A 29 dias do maior torneio de futebol, Curitiba não entregou nenhuma das 11 obras previstas somente para o evento que será realizado entre junho e julho deste ano. A capital paranaense é a cidade que tem mais obras de mobilidade urbana em andamento dentre as […]

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A Copa do Mundo está cada vez mais próxima. A 29 dias do maior torneio de futebol, Curitiba não entregou nenhuma das 11 obras previstas somente para o evento que será realizado entre junho e julho deste ano.

A capital paranaense é a cidade que tem mais obras de mobilidade urbana em andamento dentre as 12 sedes do país – Fortaleza vem na segunda colocação. As principais são o aeroporto Afonso Pena, na região metropolitana, e a Arena da Baixada.

O aeroporto tem a primeira etapa concluída, que será utilizada no Mundial, contemplando a ampliação do pátio de aeronaves 84 mil para 143,9 mil m² e restauração da pista de 2.215 m do aeroporto e de taxiamento. O custo foi de R$ 48,1 milhões.

Já a reforma do Terminal de Passageiros, com duas pontes de embarque e modernização do terminal existente não começa neste momento. O valor total – incluindo as duas obras feitas – é de R$ 239 milhões e será retomado após o torneio.

Por outro lado, o estádio do Atlético-PR está em fase final de obras. Depois de quase ser excluído da Copa, o local ganhou uma força-tarefa de autoridades do Governo e da Prefeitura, que aceleraram a liberação dos recursos para conclusão da construção, mesmo que ainda existam atrasos. Nesta quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), acontece o segundo jogo-teste da Arena da Baixada, quando a equipe paranaense enfrenta o Corinthians.

A principal preocupação, no momento, é o entorno da obra. A parte de infraestrutura está pronta, mas falta o calçamento e a limpeza dos entulhos. O investimento municipal é de R$ 33 milhões, sendo R$ 21,8 milhões para estruturas complementares e R$ 11,8 milhões para a recuperação de pistas de rolamento, de calçadas, acessibilidade, iluminação e paisagismo. A previsão é que tudo seja entregue pronto até o final deste mês.

Prédio da imprensa não ficará pronto

O prédio de seis andares, que está sendo construído em anexo ao estádio, não ficará pronto para a Copa do Mundo. O local, claramente em atraso, foi levantado entre as ruas Brasílio Itiberê e Madre Maria dos Anjos.

O Comitê Organizador Local (COL) já trabalhava com a hipótese e garante que o prédio ficar de fora do Mundial não prejudica o evento. Na última sexta-feira, a nova estrutura começou a ser instalada no estacionamento do estádio, que envolve uma enorme tenda e vai abrigar os profissionais, com estruturas móveis.

Em segundo plano

Alguns projetos para a Copa do Mundo sofreram alterações durante o caminho, tendo prazos esticados ou abandonados de vez. As obras que saíram da Matriz de Responsabilidade são: a requalificação do Terminal Santa Cândida e da avenida Cândido de Abreu, responsabilidade da Prefeitura; a alça de acesso da avenida Salgado Filho e o Corredor Metropolitano, do Governo.

Das obras em andamento para o Mundial, Curitiba pretende entregar nove das 11 obras até o início da copa. Tanto o Corredor Aeroporto/Rodoferroviária quanto Corredor Marechal Floriano Peixoto se dividem em obras municipais e estaduais, dificultando o andamento.

Confira abaixo o andamento das obras:

Arena da Baixada: R$ 330 milhões; 98% concluída

Rodoferroviária: R$ 47 milhões; 75% concluída

Aeroporto Afonso Pena: R$ 239 milhões; primeira parte concluída

Sistema Integrado Metropolitano: R$ 20,5 milhões; 29% concluído

Sistema Integrado de Monitoramento: R$ 61 milhões; 95% concluído

Vias de integração: R$ 58,4 milhões; 61% concluídas

Linha Verde Sul: R$ 20,6 milhões; 82% concluída

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