Corpos de passageiros de helicóptero que caiu em Furnas são encontrados

Os corpos dos passageiros do helicóptero que caiu na Represa de Furnas, em Fama, no Sul de Minas, foram encontrados no fim da noite deste sábado (20). A aeronave em que o sargento da Polícia Militar Marcos Antônio Alves, de 44 anos, e sua mulher, Lívia Reis Carvalho, de 27, estavam para fazer um passeio panorâmico pela represa mal havia decolado quando caiu, de bico, na lagoa. O corpo do sargento foi encontrado e resgatado por volta das 23 horas. O trabalho dos bombeiros continua na manhã deste domingo (21) para a remoção do corpo de Lívia, que ficou preso embaixo da aeronave.

De acordo com os militares, um equipamento de trabalho subaquáticos será utilizado para deslocar o helicóptero e retirar o corpo da vítima. O acidente, que aconteceu por volta das 11h30 de sábado, causou comoção nos moradores do município, que, neste fim de semana, realiza festa do peão de boiadeiro. Uma pequena multidão de banhistas e curiosos se reuniu nas margens da lagoa para acompanhar as buscas durante todo o dia.

A comerciante Rita Maria da Silva, proprietária de um bar em frente da represa, testemunhou o acidente. “Ele levantou voo, saiu pela esquerda, passou por cima da balsa, desceu de bico, bateu com as hélices na água e afundou”. A aeronave ficou submersa.

Rita disse que o piloto estava na cidade para a festa do peão de boiadeiro. “Ele perguntou para mim se podia fazer voos panorâmicos. Eu falei que podia. A gente tem um grande gramado próximo do lago. No terceiro voo, aconteceu essa desgraça”, lamentou. “Eu ainda brinquei com ele: ‘Esse seu brinquedo é seguro?’. Ele falou que sim, que estava revisado’”.

Investigação

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou que o helicóptero está registrado em nome de um banco, porém, operado por uma siderúrgica com sede em Conselheiro Lafaiete, Região Central de Minas. A aeronave tem capacidade para três passageiros e mais o piloto. O certificado de aeronavegabilidade do helicópteros é valido até abril de 2018, e o documento de IAM (Inspeção Anual de Manutenção) até abril do próximo ano. O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) vai investigar as causas da queda e se a aeronave podia ser usada em serviço de voos panorâmicos.