Com risco de perder verba, população teme ficar sem reforma de praça e academias
Sem licitar as obras para revitalização da praça do bairro Guanandi, região sul de Campo Grande, e de mais 20 academias ao ar livre, a prefeitura pode perder o recursos de R$ 725,14 mil oriundos de emenda parlamentar empenhada em 2012. Aguardando a mais de um ano, a população teme ficar sem as melhorias. De […]
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Sem licitar as obras para revitalização da praça do bairro Guanandi, região sul de Campo Grande, e de mais 20 academias ao ar livre, a prefeitura pode perder o recursos de R$ 725,14 mil oriundos de emenda parlamentar empenhada em 2012. Aguardando a mais de um ano, a população teme ficar sem as melhorias.
De acordo com o Portal de Convênios do Governo Federal, o início da execução destes serviços estava prevista para dezembro de 2012, oito meses após a aprovação da emenda. Os recursos foram viabilizados pelo deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM). No portal, o valor total da verba era R$ 752.145,79, sendo R$ 731.250 de repasse da União e, apenas R$ 20.895 de contrapartida da prefeitura.
Com uma academia e três quadras de esportes paradas, as alternativas dos jovens que residem no bairro Guanandi acabam sendo outras. A população reclama que o local tem se tornado um ponto de uso e venda de drogas. “Aqui é uso de droga de dia e de noite. Mesmo assim o pessoal usa para caminhar, só não fica até mais tarde por medo”, afirma a cabeleireira, Leila Costa, 34 anos.
Mãe de dois filhos, um de 10 e outro de 15, ela lamenta pela situação do local. “Tem muita criança aqui no bairro”, afirma. Morando em frente do local, ela afirma não se lembrar de quando houve a última melhoria no espaço.
Para dar alguma destinação adequada ao local, os próprios moradores arrecadaram por meio de doação dinheiro para colocar grama no campo de futebol. “Contamos que pelo menos a prefeitura faça a o corte”, afirma o estoquista Jeremias da Silva, 28 anos, morador do bairro há 20 anos.
A praça ocupa a extensão de uma quadra do bairro e é o único local de lazer. Além do campo de futebol, tem uma quadra de basquete e uma quadra de vôlei de areia. Todas depredadas. A academia ao ar livre a população só ficou na expectativa. “Este concreto que colocaram aí já está fazendo aniversário”, brinca Jeremias ao se referir a base que deveria receber os equipamentos de ginástica.
O cozinheiro Rafael Borges, 23 anos, teve que levar os brinquedos do filho para poder aproveitar a sombra de uma das árvores do local. “Falta um parquinho aqui e também tem muito lixo pela falta de lixeiras. Bancos também são necessários”, queixa-se.
Segurança
Mesmo sem receber as melhorias, a população se preocupa em como manter o espaço com a chegada à revitalização. “Teria que haver um posto policial, se não adianta nada. Já fizemos abaixo-assinado para colocação de um aqui na praça”, afirma Leila. De acordo com os moradores, a revitalização e a chegada de segurança coibiria o uso de drogas e contribuiria para a preservação física do local.
Até o fechamento da reportagem a assessoria de imprensa da Prefeitura de Campo Grande não se pronunciou sobre a aplicação dos recursos para a praça e academias.
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