Com disputa em 14 Estados, eleição pode ser decidida em tempo recorde

A eleição deste ano termina amanhã em todo o Brasil, com a definição em segundo turno de 14 governadores e do nome que comandará a Presidência da República nos próximos quatro anos. Nesta nova etapa da corrida eleitoral, haverá votação no Acre, Amazonas, Amapá, Goiás, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Rio Grande do […]

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A eleição deste ano termina amanhã em todo o Brasil, com a definição em segundo turno de 14 governadores e do nome que comandará a Presidência da República nos próximos quatro anos. Nesta nova etapa da corrida eleitoral, haverá votação no Acre, Amazonas, Amapá, Goiás, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Ceará, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.

Assim como no primeiro turno, trabalharão nas eleições aproximadamente 2,4 milhões de mesários em todo o Brasil e em outros 89 países. Desses, 2,4 milhões de mesários, 1,3 milhões são voluntários. Também estão destacados 3.033 juízes eleitorais. Ao todo, o processo eleitoral ainda envolverá 22 mil pessoas diretamente.

Embora evitem tratar a rapidez como prioridade, membros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) acreditam que a apuração do segundo turno será a mais rápida da história da Corte Eleitoral. Tanto é que pode acontecer algo inédito neste ano: antes mesmo da divulgação da primeira parcial, o TSE possivelmente já terá o resultado definitivo das eleições presidenciais.

Em 2010, por volta das 19h50, no horário de Brasília, o TSE já tinha apurado em torno de 92% das urnas, indicando, matematicamente, que Dilma Rousseff (PT) estava eleita em segundo turno. Este ano, o TSE acredita que por volta das 19h30, cerca e vinte minutos antes, mais de 90% das urnas de todo o Brasil já estarão apuradas. Assim, a Justiça Eleitoral estima que já teria condições de aferir, matematicamente, quem é o novo presidente do Brasil.

No entanto, por conta do fuso horário do Acre, a primeira parcial somente será divulgada a partir das 20h de domingo. Assim, existe a possibilidade de, em torno de meia hora, o TSE ser obrigado a manter sob sigilo o resultado oficial das eleições. Nesse horário, o TSE acredita que pelo menos 95% das urnas já estejam apuradas. Em 2010, apesar do Acre não ter aderido ao horário de verão, a divulgação do resultado começou às 19h. Na época, o Brasil tinha apenas três fusos horários.

Na grande maioria dos estados, a meta é anunciar o resultado das urnas em um prazo entre 1h e 1h30. Casos como Acre e Pará, onde a logística é mais difícil, podem demorar um pouco mais a divulgar o resultado final da disputa.

No primeiro turno de 2014, o TSE já havia conseguido bater recordes de apuração, divulgando o resultado sobre os dois candidatos que iriam para o segundo turno por volta das 19h56. Nesse horário, o TSE já havia apurado 91% dos votos válidos. Em 2010, a definição de José Serra (PSDB) e Dilma no segundo turno somente ocorreu por volta das 21h , quando a Justiça Eleitoral contava 90% dos votos válidos apurados.

Conforme membros do TSE, deve facilitar a apuração neste segundo turno o fato de não existirem eleições para deputados estaduais ou distritais, para o Senado e para deputados federais. Além disso, em 13 dos 27 Estados as eleições para o governo do Estado já foram definidas.

Tempo de votação

O tempo de votação neste segundo turno, conforme o TSE, deve ser de aproximadamente 18 segundos por eleitor nos Estados em que não há disputa para governador, nem identificação biométrica. Nos locais sem disputa ao governo estadual mas com identificação biométrica, a tendência é que a votação dure 42 segundos conforme a Corte Eleitoral.

Já nos locais com disputa pelo governo do Estado, mas sem identificação biométrica, a votação deve durar 29 segundos por eleitor. Já nos Estados com identificação biométrica e disputa para o governo Estadual, o voto por eleitor deve durar 53 segundos pelas estimativas do Tribunal Superior Eleitoral. Segundo o TSE, no primeiro turno, o tempo médio de votação nas urnas sem biometria foi de 61,04 segundos. Nas com biometria, de 85,04 segundos.

Segurança

Cerca de 15 mil homens do Exército, Marinha e Aeronáutica ajudarão ou na segurança ou na logística de transporte de urnas. As tropas federais serão destinadas a 280 localidades. Em 191 cidades de Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins, os homens do Exército ajudarão no policiamento ostensivo. No Acre, Amapá, Mato Grosso, Rondônia e Roraima, as Forças Armadas ajudarão no transporte das urnas.

Existe também uma preocupação do TSE quanto à aplicação da biometria. Neste ano, 21 milhões dos 142 milhões de eleitores votam por meio da identificação biométrica. Os mesários em todo o Brasil receberam reforço no treinamento para evitar os problemas registrados no primeiro turno. Também existe uma preocupação com possíveis problemas no sistema de identificação tanto que o TSE afirma ter resolvido boa parte dos problemas registrados no primeiro turno nesse sentido.

O TSE também mantém preocupações com relação ao número de urnas com defeito neste segundo turno. No primeiro, houve 5.012 substituições de urnas. Montante 3,1 vezes o quantitativo de 2010. No primeiro turno de 2010, 1.609 foram substituídas.

Assim como no primeiro turno, as eleições contarão com 530 mil urnas eleitorais. Além destas, o TSE destinou 53 mil para possíveis substituições. Por conta dos problemas com mais de 5 mil urnas no primeiro turno, o TSE acredita que o número de substituições será menor neste segundo turno.

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