Casados há 65 anos, idosos morrem com minutos de diferença em Porto Alegre

Depois de viverem juntos por 65 anos, Italvino e Diva também se despediram da vida juntos. Os dois idosos que moravam em Porto Alegre faleceram na última sexta-feira com 30 minutos de diferença. A mulher segurou a mão do marido até os últimos instantes. Italvino Possa, que tinha 89 anos, lutava contra uma leucemia desde […]

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Depois de viverem juntos por 65 anos, Italvino e Diva também se despediram da vida juntos. Os dois idosos que moravam em Porto Alegre faleceram na última sexta-feira com 30 minutos de diferença. A mulher segurou a mão do marido até os últimos instantes.

Italvino Possa, que tinha 89 anos, lutava contra uma leucemia desde agosto de 2013. Já Diva, de 80, descobriu em abril um tumor agressivo na bexiga, que a fez viver seus últimos dias internada no Hospital São Lucas, em Porto Alegre. Italvino, além de visitar a esposa, ia ao centro médico toda semana para receber transfusão de plaquetas.

Já se sentindo fraca, dois dias antes de falecer, Diva pediu que a família — marido, 10 filhos, 14 netos e seis bisnetos — fosse ao hospital visitá-la, para uma despedida discreta. Na madrugada seguinte, Italvino teve uma hemorragia e precisou ser internado. Enquanto isso, Diva também piorava, com falência hepática.

Sensibilizada com o amor dos idosos, uma enfermeira colocou os dois no mesmo quarto e juntou as duas camas. Italvino e Diva deram as mãos na mesma hora. O gaúcho não resistiu por muito tempo e morreu em poucos instantes. A mulher faleceu 30 minutos depois.

A história de amor dos idosos que já havia tocado os funcionários do hospital, que acompanharam a evolução dos quadros clínicos de perto, está comovendo toda a cidade graças ao obituário que os familiares enviaram ao jornal “Zero Horal”.

“Narramos o que aconteceu no e-mail que enviamos para o obituário e, para nossa surpresa, começamos a receber recados de muitas pessoas emocionadas com a história”, comenta Rafael de Freitas, estudante de direito e um dos netos do casal.

O rapaz de 25 anos conta que os avós eram um exemplo de carinho e companheirismo para toda a família.

“Eles estavam sempre juntos e se apoiavam o tempo todo, principalmente nos momentos difíceis”, lembra Rafael.

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