Capacitação diminui importação de mão de obra no interior de MS
O desempenho das atividades rurais demanda que pelo menos 700 trabalhadores da região se desloquem diariamente para o município de São Gabriel do Oeste, situado ao Norte de Mato Grosso do Sul. O número de profissionais ‘importados’ diminuiu significativamente nos últimos anos devido as capacitações oferecidas e representa, em sua maioria, trabalhadores ligados ao segmento […]
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O desempenho das atividades rurais demanda que pelo menos 700 trabalhadores da região se desloquem diariamente para o município de São Gabriel do Oeste, situado ao Norte de Mato Grosso do Sul. O número de profissionais ‘importados’ diminuiu significativamente nos últimos anos devido as capacitações oferecidas e representa, em sua maioria, trabalhadores ligados ao segmento da suinocultura. A afirmação é do secretário municipal de Comércio, Indústria e Turismo de São Gabriel do Oeste, Jair Frozza, durante cerimônia de certificação de 150 alunos dos cursos oferecidos pelo Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul, nesta terça-feira (24), no CCTA – Centro Cultural de Tradição e Amizade.
De acordo com Frozza, só uma fazenda de São Gabriel do Oeste traz diariamente dois ônibus com trabalhadores rurais. “Além da pecuária e agricultura, o comércio e a indústria de São Gabriel do Oeste também carecem de qualificação. Existem trabalhadores e pessoas dispostas no município, o que falta são cursos que aumentem a capacidade empreendedora dessas pessoas”, afirma o secretário de Comércio e Indústria.
A queda na importação de mão-de-obra estimulada pelas qualificações tornou-se perceptível nos últimos anos. “Não temos o levantamento exato devido à secretaria de Indústria ter sido criada recentemente, mas o número de capacitações cresceu em relação ao ano de 2012 e as vagas no mercado de trabalho preenchida por trabalhadores do município seguem no mesmo ritmo acelerado”, destaca Frozza. Somente nos últimos três anos, o Senar qualificou 1.864 trabalhadores rurais e no primeiro quadrimestre de 2014 os capacitados já somam 384 em São Gabriel do Oeste.
Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente de São Gabriel do Oeste, Léo Luís Grison, não há outra forma de desenvolvimento do município senão pela capacitação. “Nunca um profissional está pronto em sua totalidade. A qualificação deve ser permanente. Posso utilizar a Copa do Mundo como exemplo, em que times sem tradição estão se destacando porque se aprimoraram, buscaram conhecimento e treinamento contínuo, assim funciona o mercado de trabalho”, disse Grisson, durante a cerimônia de certificação.
O diretor de Relação Institucionais da Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Rogério Beretta, ressaltou o Pronatec – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, como ferramenta para o avanço nas capacitações. “Além dos cursos oferecidos pelo Senar/MS e Sindicatos Rurais, contamos com a parceria do Pronatec que oferece uma qualificação completa com alta carga horária e permite o preparo integral para a atuação profissional”, pontuou. Beretta também anunciou a implantação do Programa Agrinho em São Gabriel do Oeste, ação educativa que trabalhará com estudantes do 1° ao 9° anos temas que demonstrem a importância do meio rural para o desenvolvimento econômico e social do Estado e País.
José Antônio Vilela é um dos moradores de São Gabriel do Oeste empregado no município que busca qualificação contínua para não perder espaço para os trabalhadores que vêm de fora. “O que aprendo repasso para meus colegas e tento levá-los para os cursos também. Aprendendo sobre aplicação de defensivos agrícolas vi que utilizava os equipamentos de segurança de forma errada e não ligava para a forma em que eu retirava os aparelhamentos de proteção, correndo o risco de contaminação. Hoje além de dominar, sinto-me valorizado”, ressalta Vilela.
Dentro deste contexto da qualificação, o presidente do Sindicato Rural de Rio Brilhante, Júlio Bortolini, enfatizou o potencial feminino que deve ser mais explorado. “Devemos aumentar o número de mulheres na operação de máquinas agrícolas. A sensibilidade feminina e o perfil detalhista são pontos fundamentais para a condução de grandes máquinas e ainda geram remunerações consideráveis”, finalizou o presidente.
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