Brasil rebate FT por sugerir demissão de Guido Mantega

Em tom irônico, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Thomas Traumann, respondeu ao Financial Times a recomendação feita em editorial pela demissão do ministro da Fazenda, Guido Mantega. De acordo com o jornal, especializado em economia, a maneira mais fácil de o Brasil recuperar credibilidade diante dos investidores internacionais seria […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Em tom irônico, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Thomas Traumann, respondeu ao Financial Times a recomendação feita em editorial pela demissão do ministro da Fazenda, Guido Mantega. De acordo com o jornal, especializado em economia, a maneira mais fácil de o Brasil recuperar credibilidade diante dos investidores internacionais seria a partir da saída do ministro.

Traumann aproveitou dados econômicos divulgados hoje, como o resultado do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB – soma de todas as riquezas produzidas no País), que fechou 2013 em 2,3%. O ministro listou ainda a reduzida taxa de desemprego do Brasil, bem como a reserva internacional que o País mantém (de US$ 376 bilhões) e a inflação dentro da meta.

“Novas categorias analíticas em Economia requerem consistência e solidez, comprovado critério. Caso contrário, corremos o risco de sermos seduzidos por análises ‘mais ou menos’”, afirma um trecho da correspondência enviada pelo governo à publicação. A resposta tem a ver com o título do texto de opinião: “Brazil’s Economy: go go to so so” (“A Economia do Brasil: de dinâmica para mais ou menos”, em tradução livre).

Segundo Traumann, o FT contextualiza corretamente o agravamento do ambiente global, mas reitera que o Brasil conseguiu conciliar desenvolvimento social com estabilidade econômica em um quadro de pluralismo democrático, que não são características de países vulneráveis.

“Se analisada sob esses critérios, as economias mais maduras provavelmente seriam um fracasso hoje mesmo para qualificar-se como países ‘mais ou menos’ e, talvez, o FT se sentiria eticamente inclinado a sugerir mudanças amigáveis ao mercado nas suas equipes econômicas de modo a ao mesmo tempo reduzir suas vulnerabilidades e aumentar sua credibilidade”, afirmou.

Conteúdos relacionados