Auditoria aponta falta de documento de dívida do Palmeiras com presidente
O Conselho Deliberativo do Palmeiras aprovou na semana passada o balanço de 2013 do clube, apesar de a auditoria contratada pela diretoria afirmar que não foi possível dar sua opinião por causa da falta de documentos. Entre a documentação pendente a GF Auditores Independentes relaciona contrato de operação relativa ao fato de o presidente Paulo […]
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O Conselho Deliberativo do Palmeiras aprovou na semana passada o balanço de 2013 do clube, apesar de a auditoria contratada pela diretoria afirmar que não foi possível dar sua opinião por causa da falta de documentos.
Entre a documentação pendente a GF Auditores Independentes relaciona contrato de operação relativa ao fato de o presidente Paulo Nobre ser credor do clube no valor de R$ 75,1 milhões.
A informação aparece no memorando assinado pela empresa e distribuído pelo clube aos conselheiros para a votação do balanço. O item 4 do relatório aponta “falta de apresentação de documentos e conciliação com os saldos contábeis”. É nesse trecho que está registrada a ausência de contrato referente ao débito do clube com seu presidente, na rubrica “Credores Diversos – Paulo Nobre”.
Indagada pelo blog, a assessoria de imprensa do Palmeiras respondeu que “todos os documentos relativos a essas transações foram formalizados e documentados rigorosamente de acordo com o estatuto do clube e com a legislação vigente”.
Sobre ao que se refere o débito do clube com o presidente e os motivos para a diretoria colocar o balanço em votação, apesar da falta de documentos apontada pela auditoria, a assessoria respondeu que “são questões referentes exclusivamente ao Conselho Deliberativo e não serão discutidas no Blog do Perrone.”
De acordo com conselheiros do Palmeiras, Nobre é credor do clube porque usou seu crédito pessoal para levantar dinheiro para a agremiação.
No memorando, também é apontada faltasde extratos bancários de depósitos judiciais, extrato emitido pela prefeitura de parcelamento de ISS e de documentos referentes à Timemania, FGTS e INSS, entre outros.
O relatório de cinco páginas e datado de 29 de janeiro termina com a seguinte afirmação: “ainda não estamos em condição de emitir nossa opinião profissional sobre as demonstrações financeiras ainda não elaboradas pelo clube, sendo que para isso há que se regularizar todas as pendências contidas nesse neste memorando”. No começo do documento, a empresa diz apresentar o balanço patrimonial, elaborado sob a forma preliminar.
Durante a reunião em que o balanço foi aprovado, um dos conselheiros chegou a dizer para a mesa do conselho que não poderia haver votação, pois não se tratava de um balanço (por causa das pendências apontadas pela auditoria). Como não havia pedido a palavra formalmente, sua declaração não foi tomada como oficial.
O balanço aprovado registra um déficit em 2013 no valor R$ 22,6 milhões, contra um superávit de R$ 31,8 no ano anterior.
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