Ativistas do movimento negro conseguem emenda e esperam sensibilizar prefeito para criação de secretaria

A Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial ainda não saiu do papel em Campo Grande. Apesar de sancionada pelo prefeito Gilmar Olarte em meados do mês de julho, a secretaria ainda não foi efetivamente criada, segundo ativistas do movimento negro, por que a prefeitura alegou falta de verbas. Segundo Joel Penha, presidente da ONG […]

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A Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial ainda não saiu do papel em Campo Grande. Apesar de sancionada pelo prefeito Gilmar Olarte em meados do mês de julho, a secretaria ainda não foi efetivamente criada, segundo ativistas do movimento negro, por que a prefeitura alegou falta de verbas.

Segundo Joel Penha, presidente da ONG Projetarts, nesta semana, o movimento negro conseguiu a liberação de emendas parlamentares para a realização de dois eventos na semana da consciência negra do próximo ano em Campo Grande. Com isso, as lideranças negras esperam mostrar que estão organizadas e que já conseguiram a liberação de recursos que poderiam vir para os trabalhos da secretaria.

Porém, a emenda só poderá ser liberada após a prefeitura de Campo Grande também se comprometer a investir nos projetos voltados à comunidade negra de Campo Grande. “Ninguém dá valor. Não há projetos para afrodescendentes. O projeto é um incentivo para fomentar a cultura”, comenta Penha.

Penha explica que as emendas devem ser liberadas pelo senador Ruben Figueiró (PSDB) e pelos deputados federais Akira Otsubo (PMDB/MS) e Reinaldo Azambuja. Mas só devem ser liberadas, se a prefeitura também se comprometer a investir nos projetos voltados aos negros.

Neste ano, os dois projetos: Negro Nota 10, voltado a estudantes, e Confra Afro, confraternização de afrodescendentes, devem ser realizados em novembro com o apoio da prefeitura. Já para 2015, com os recursos federais, a expectativa é da realização de um festival de uma semana em novembro, com shows, exposições, apresentações, palestras em várias partes da cidade.

“É um projeto que não existe no Brasil. Um festival de uma semana com atrações nacionais em várias partes da cidade, para envolver toda a sociedade e não só o negro”, diz.

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