Assad vai concorrer a terceiro mandato na Síria

O presidente sírio, Bashar al-Assad, anunciou nesta segunda-feira que vai concorrer à reeleição para um terceiro mandato nas eleições de junho, desafiando os pedidos de seus opositores para que abandone o cargo e abra caminho para uma solução política que encerre a devastadora guerra civil que já dura três anos. Assad submeteu formalmente sua candidatura […]

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O presidente sírio, Bashar al-Assad, anunciou nesta segunda-feira que vai concorrer à reeleição para um terceiro mandato nas eleições de junho, desafiando os pedidos de seus opositores para que abandone o cargo e abra caminho para uma solução política que encerre a devastadora guerra civil que já dura três anos.

Assad submeteu formalmente sua candidatura à corte constitucional da Síria para participar de uma eleição que seus inimigos ocidentais e árabes classificam como uma paródia de democracia encenada em meio ao conflito sírio.

Ele é a sétima pessoas a se candidatar no que teoricamente seria a primeira eleição presidencial síria com múltiplos candidatos, mas nenhum de seus rivais deve representar um desafio real ao domínio de quatro décadas da família Assad.

O anúncio foi feito pelo presidente do parlamento, Mohammad al-Laham, que leu a candidatura formal de Assad enviada à corte constitucional.

“Eu… dr. Bashar Hafez al-Assad… quero me candidatar ao cargo de presidente da República, na esperança de que o Parlamento vá endossar (a decisão)”, diz a carta.

Em um comunicado divulgado poucos minutos após o anúncio de sua candidatura, Assad apelou por calma, afirmando que qualquer “demonstração de satisfação manifestada por apoiadores de qualquer candidato à Presidência deve ser responsável”.

Segundo a mídia estatal síria, Assad pede que os sírios não atirem para cima, porque “estamos vivendo em uma atmosfera de eleições, que a Síria realiza pela primeira vez em sua história moderna”.

Os líderes da oposição síria no exílio, impedidos de concorrer por uma cláusula constitucional exigindo que candidatos tenham residido na Síria pelos últimos 10 anos, desdenharam da eleição como uma farsa.

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