Advogado diz que informação de celular na cela de Bruno é ‘absurda’

Um dos advogados do goleiro Bruno Fernandes, Tiago Lenoir, classificou como “absurda” a informação de que um celular encontrado na Penitenciária de Francisco Sá tivesse relação com o atleta. Ele argumentou dizendo que “a própria Secretaria de Estado de Defesa Social divulgou que nada foi encontrado com o Bruno”. Tiago Lenoir disse nesta terça-feira (21) […]

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Um dos advogados do goleiro Bruno Fernandes, Tiago Lenoir, classificou como “absurda” a informação de que um celular encontrado na Penitenciária de Francisco Sá tivesse relação com o atleta. Ele argumentou dizendo que “a própria Secretaria de Estado de Defesa Social divulgou que nada foi encontrado com o Bruno”.

Tiago Lenoir disse nesta terça-feira (21) que ficou sabendo do fato pela imprensa, na segunda (20), e afirmou também que não faz ideia de como o vínculo entre o goleiro e o telefone surgiu. O advogado também destacou que Bruno nunca fez contato de dentro da penitenciária, utilizando celular, nem com ele e nem com outras pessoas.

O telefone foi encontrado por agentes penitenciários, durante uma revista de rotina. A informação é de que o aparelho estava com um detento, de 31 anos. De acordo com a Seds, ele será ouvido pela comissão disciplinar, para que as providências cabíveis sejam tomadas.

Transferência

Bruno Fernandes foi transferido para a unidade prisional, que é de segurança máxima, em 20 de junho de 2014. No início de julho, a mulher do atleta, Ingrid Calheiros, fez a primeira visita para o goleiro, após a mudança para o Norte de Minas Gerais.

O goleiro cumpria a pena na Penitenciária Nelson Hungria em Contagem (MG). Antes de ir para Francisco Sá, os advogados deles tentaram a transferência para Nova Lima e Montes Claros.

Em relação a Nova Lima, a defesa pediu para que o atleta cumprisse a pena na Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac). Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o pedido foi indeferido pelo juiz da Vara Criminal e da Infância e Juventude de Nova Lima, Juarez Morais de Azevedo. Uma falta grave verificada no atestado carcerário está entre as questões levadas em consideração pelo magistrado, conforme o tribunal.

No que diz respeito a Montes Claros, o juíz Francisco Lacerda disse que o presídio não tinha condições de receber o goleiro, por estar com excesso de presos; a unidade tem capacidade para 592 detentos, e estava com 1.032.

Para a transferência em ambas as cidades, os advogados alegavam a possibilidade de que Bruno voltasse aos gramados, em Nova Lima, na equipe do Villa Nova, e em Montes Claros, no Montes Claros Futebol Clube, time que o contratou em fevereiro deste ano.

O caso

Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi encontrado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.

Em março de 2013, Bruno foi considerado culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da jovem. A ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, foi julgada na mesma ocasião, mas foi inocentada pelo conselho de sentença. Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, já haviam sido condenados em novembro de 2012.

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi condenado a 22 anos de prisão. O último júri do caso foi realizado em agosto e condendenou Elenilson da Silva e Wemerson Marques – o Coxinha – por sequestro e cárcere privado do filho da ex-amante do goleiro. Elenilson foi condenado a 3 anos em regime aberto e Wemerson a dois anos e meio também em regime aberto.

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