A dez dias da eleição, baixaria toma conta de programas de candidatos ao governo de MS

Tanto Delcídio do Amaral (PT) quanto Reinaldo Azambuja (PSDB) estão apelando para ataques pessoais e transformaram os programas eleitorais na TV e rádio em troca de xingamentos. O programa petista disse, recentemente, que Azambuja se aliou à ‘malandragem’. Os tucanos, por sua vez, recheiam o discurso de termos como ‘mentiroso’.

Apesar do clima, os dois são ex-aliados. No programa de rádio a coligação de Delcídio do Amaral partiu para o ataque contra o tucano. Uma das propagandas cita as propostas de Delcídio para a saúde, mas alterna com críticas ao adversário, dizendo, por exemplo, que enquanto Delcídio apresenta propostas, Reinaldo está cuidando da saúde dos bois dele e falando que a saúde dele é diferente da do povo.

Na propaganda Reinaldo é alfinetado pelas críticas aos problemas do governo do Estado, sendo chamado de ‘reclamão’. “Só reclama, mas proposta não tem não”, diz parte da propaganda, que vai além, afirmando que Reinaldo negociou a Secretaria de Saúde com o PMDB e está aliado com a “malandragem da família Trad”.

Quem assiste aos programas pela primeira vez e não acompanhou a pré-campanha, nem imagina que a dupla já trocou muitos elogios quando pretendiam fazer dobradinha na eleição de 2014. Reinaldo seria senador na chapa com Delcídio governador, mas bastou o PT e PSDB nacional vetarem as alianças para a guerra começar.

No primeiro turno, Delcídio evitou críticas diretas a Reinaldo, que atuou como franco-atirador, dividindo metade da campanha com críticas ao PMDB e a outra diretamente ao candidato do PT.

O candidato do PSDB usou o discurso de que seria ‘mudança de verdade’, mas, no dia seguinte à eleição, fechou acordo com o candidato peemedebista, Nelsinho Trad, e com quase todos os afilhados políticos do atual governador André Puccinelli.