Vítima de quadrilha perdeu R$ 10 mil em golpe ‘da vaga para medicina’
Uma das vítimas de uma quadrilha do Rio de Janeiro que oferecia falsas vagas para o curso de Medicina da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), disse em entrevista na segunda-feira que teria perdido R$ 10 mil ao ser aliciada no golpe de uma suposta transferência. O grupo composto por cinco pessoas foi desarticulado pela […]
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Uma das vítimas de uma quadrilha do Rio de Janeiro que oferecia falsas vagas para o curso de Medicina da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), disse em entrevista na segunda-feira que teria perdido R$ 10 mil ao ser aliciada no golpe de uma suposta transferência.
O grupo composto por cinco pessoas foi desarticulado pela Polícia Militar após denúncia, e todos os envolvidos responderão por associação criminosa e estelionato. De acordo com a Polícia Civil, cada vaga custava em média R$ 50 mil e eram oferecidas a pessoas que tinham vontade de cursar medicina, mas que não haviam passado em nenhum vestibular.
“Quando me procuraram me apresentaram a proposta de uma transferência, dizendo que seria tudo legal. Eu aceitei e dei R$ 10 mil de entrada, me comprometendo a dar uma parcela de R$ 37,500 depois que estivesse ingressado no curso”, disse a vítima que veio do nordeste e estava em Dourados aguardando a oportunidade de realizar a matrícula para começar a estudar.
A jovem cursava enfermagem e disse que havia prestado vestibular em outras ocasiões, mas que nunca ficou entre os primeiros colocados, sempre aparecendo para a segunda chamada. “Depois de tentar várias vezes e nunca ser chamada, descobri que as vagas remanescentes eram vendidas”, disse ela alegando que um dos membros da quadrilha teria se aproximado de uma de suas amigas para oferecer os serviços.
Ela teria se encontrado com membros da quadrilha que utilizavam o nome de funcionários da UFGD, sem que eles soubessem. “Tínhamos feito o que eles nos pediram e viemos para Dourados. No dia que foi combinado para que eu levasse os documentos e fizesse minha matrícula, uma mulher que liderava o bando me telefonou aparentemente preocupada, falando para eu não ir a universidade pois o sistema estava fora do ar. A partir daí comecei a desconfiar e ao procurar o nome dos funcionários da UFGD nas redes sociais, vi que não eram as mesmas pessoas com as quais havia conversado e acionei as autoridades”, destacou.
UFGD ESCLARECE
Em nota encaminhada à imprensa, a UFGD informa que o ingresso a qualquer curso da UFGD se dá, primeiramente, por meio de modalidades de ingresso regulares, sendo elas o Processo Seletivo Vestibular e, a partir deste ano, também o ENEM/SISU.
No que tange às vagas denominadas ociosas, que se tornam remanescentes ao longo do ano letivo dentro dos cursos, a UFGD esclarece que, quando existem, são devidamente preenchidas por meio de edital público, no qual são definidos os critérios utilizados para a seleção de acordo com a legislação vigente. Cabe informar, que desde 2007, não existem vagas ociosas no curso de Medicina da UFGD. A instituição alerta para as práticas da oferta, negociação e venda de vagas, pois tratam-se de ações criminosas.
O Conselho Universitário, órgão colegiado máximo da instituição, definiu em resolução que a ocupação das vagas ociosas ocorre por edital, como citado, e obedece a seguinte ordem:
Edital de Portador de Diploma para Complementação de Grau ou Habilitação (quando o estudante completa a licenciatura, por exemplo, e ingressa como portador de diploma no bacharelado, do mesmo curso);
Edital de Transferência Voluntária (quando o aluno, de qualquer instituição brasileira de ensino superior se transfere para vaga existente em outra instituição, do mesmo curso ou curso de áreas afins);
Edital de Portador de Diploma (quando o aluno já é graduado e, por meio do diploma, ingressa em outro curso da instituição).
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