UE denuncia condições de imigrantes em Lampedusa e ameaça Itália com sanções

A Comissão Europeia denunciou nesta quarta-feira as “condições espantosas” de muitos centros italianos de imigrantes, incluindo os da ilha de Lampedusa, e ameaçou Roma com sanções. “Já iniciamos investigações sobre as espantosas condições em muitos centros de detenção italianos, incluindo Lampedusa. Não hesitaremos em abrir um procedimento de infração”, escreveu a comissária eur…

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A Comissão Europeia denunciou nesta quarta-feira as “condições espantosas” de muitos centros italianos de imigrantes, incluindo os da ilha de Lampedusa, e ameaçou Roma com sanções.

“Já iniciamos investigações sobre as espantosas condições em muitos centros de detenção italianos, incluindo Lampedusa. Não hesitaremos em abrir um procedimento de infração”, escreveu a comissária europeia do Interior, Cecilia Malmstrom, no Twitter.

Malmstrom reagiu desta maneira às imagens exibidas pelo canal público italiano RAI2 sobre o tratamento recebido pelos imigrantes no centro de retenção da ilha de de Lampedusa, sul da Itália.

Nas imagens, os imigrantes, nus no frio, entre correntes de ar, aguardam para receber um jato com um produto desinfetante.

O primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, disse que ficou “impactado” com as imagens e prometeu uma profunda investigação. Também afirmou que o governo puniria os responsáveis.

A pequena ilha mediterrânea recebeu uma gigantesca quantidade de refugiados e imigrantes nos últimos meses. Em outubro, mais de 300 pessoas, em sua maioria procedentes da Somália e da Eritreia, morreram na costa de Lampedusa em um naufrágio.

“A UE se compromete a ajudar a Itália na recepção de imigrantes, mas isto tem que acontecer em condições decentes”, escreveu Malmstrom em outra mensagem no Twitter.

Mais de 13.000 pessoas – mais que o dobro da população da ilha, perto das costas da Líbia e Tunísia – pediram asilo em Lampedusa este ano, segundo dados de outubro.

A UE publicou há algumas semanas uma lista de propostas para evitar a repetição de tragédias como a de 3 de outubro em Lampedusa, que será debatida na reunião de chefes de Estado e de Governo de quinta-feira e sexta-feira em Bruxelas.

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