Taróloga que aplicou golpe de R$ 381 mil em família é presa no Paraná

A ação deteve duas pessoas pela prática dos crimes de estelionato e formação de quadrilha

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Uma taróloga e outras duas pessoas foram presas por suspeita de darem um golpe de R$ 381 mil em uma família em Curitiba (PR). A ação deteve duas pessoas pela prática dos crimes de estelionato e formação de quadrilha.

Batizada de Orixás, a operação ocorreu na terça-feira e foi feita pela Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC). Outras duas pessoas, sogro e sogra da taróloga, estão foragidos. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência da família, local onde eram realizadas as consultas espirituais;  no bairro Batel, em uma residência; e na Sede do Cebras, no centro da cidade. “Foram apreendidos diversos documentos que irão embasar a investigação”, informou o delegado adjunto da DEDC, Matheus Laiola.

Segundo a Polícia Civil, ela é considerada a líder da quadrilha. Em fevereiro, a vítima procurou a taróloga com a intenção de afastar seu filho de uma mulher. Durante várias consultas, ela, com a ajuda do marido e dos sogros, conseguiu retirar da vítima R$ 381 mil, com a garantia de que o dinheiro iria para uma entidade localizada em Santos (SP) e que seria devolvido posteriormente. “Além de não devolver o dinheiro, ela ainda estava exigindo R$ 54 mil para “finalizar” o trabalho. Para justificar a demora na devolução de todo o dinheiro. Na consulta, ele confirmou que ainda faltava o restante do dinheiro para finalizar o trabalho”, explicou o delegado.

Em razão de toda a situação, Laiola representou pelas prisões e buscas domiciliares dos envolvidos, deferidas pela juíza titular da 8ª Vara Criminal de Curitiba. “Restou claro que ‘Dani’ utilizava todo o staff da sua família para lesar a vítima. Ela induziu a vítima ao erro, lesando-a financeiramente, utilizando o desespero emocional para tomar dinheiro dela. Descobrimos ainda que a entidade localizada em Santos, na qual ‘Dani’ dizia que o dinheiro estava, não existe”, contou Laiola.

“Agora vamos fazer outras diligências como quebra dos sigilos bancários e fiscais, sendo que todos os veículos dos membros da quadrilha, avaliados em aproximadamente R$ 500 mil, já estão bloqueados”, disse o delegado titular da DEDC, Marcelo Lemos de Oliveira.

A operação recebeu este nome em razão de que em diversas passagens das consultas realizadas por Dani, há citações dos ancestrais divinizados africanos como Orixás, Exús, Pombagiras e Vó Conga.

*Material alterado devido à absolvição de um dos envolvidos no caso.

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