Solto, Dudu acusa guardas municipais de ‘plantarem’ drogas durante protesto

“Nunca tinha me envolvido com criminalidade nenhuma. Um inferno [prisão] na minha vida, não desejo pra ninguém”, diz o ator Eduardo Miranda Martins, o Dudu, preso no dia desde o dia 21 de junho, após ter participado de manifestação popular, acusado de tráfico de drogas e dano qualificado contra o patrimônio público. Em entrevistas dentro […]

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“Nunca tinha me envolvido com criminalidade nenhuma. Um inferno [prisão] na minha vida, não desejo pra ninguém”, diz o ator Eduardo Miranda Martins, o Dudu, preso no dia desde o dia 21 de junho, após ter participado de manifestação popular, acusado de tráfico de drogas e dano qualificado contra o patrimônio público.

Em entrevistas dentro do Presídio de Trânsito, Dudu já tinha dito que os papelotes de cocaína foram “plantados”, por guardas municipais em sua mochila. “Lembro pegando a droga e me mostrando. Pelo menos uns dias de cadeia você vai pegar”, conta sobre o momento e o que seria a fala de um dos guardas.

Por telefone, Eduardo conta que foi levado por guardas para o Paço Municipal da Prefeitura de Campo Grande, onde teria sido colocado a droga na mochila.

A motivação seria por conta do histórico de denúncias que o jovem fez, segundo ele, de abusos de autoridade por parte de guardas, contra jovens na Orla Morena.

“Acabei provocando minha própria prisão”, conta Eduardo, sobre as denúncias.“Autoritarismo vergonhoso, se acham os donos das questões e locais públicos”. Ainda de segundo com o ator, ele foi detido por volta das 22h e ficou até aproximadamente 1h, dentro do Paço Municipal. Dali o rapaz foi levado a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), Centro, onde foi preso.

Liberdade

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul votou favorável ao segundo pedido de habeas corpus para liberar o ator Eduardo Miranda Martins, o Dudu. A decisão foi proclamada em sessão no início da tarde desta segunda-feira (30).

A concessão do habeas corpus dá ao ator o direito para aguardar o julgamento em liberdade.

O pedido foi ganho com a maioria dos votos, sendo dois à favor e apenas um contra. O relator da sessão, desembargador Carlos Eduardo Contar, foi o único votou pela não concessão do pedido.

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