Sindicato teve que dar cesta básica para funcionários da Homex não passarem fome

O representante do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores da nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Campo Grande), Elizeu Pacheco, revelou que o sindicato teve de dar cestas básicas para não deixar que os funcionários contratados pela empresa Homex não passassem fome. A declaração foi feita na tarde desta terça-feira (3), durante oitiva da CPI […]

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O representante do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores da nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Campo Grande), Elizeu Pacheco, revelou que o sindicato teve de dar cestas básicas para não deixar que os funcionários contratados pela empresa Homex não passassem fome. A declaração foi feita na tarde desta terça-feira (3), durante oitiva da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instaurada para apurar irregularidades em obras da empresa.

De acordo com o Pacheco, o empreendimento contratou diretamente 800 trabalhadores, além de terceirizados. Destes, mais de 150 entraram com ações trabalhistas por conta de acertos pendentes. Entre os motivos, estão recisões contratuais que não foram pagas e atrasos de salário.

Os trabalhadores ficaram cerca de quatro meses sem receber pagamento a partir de março deste ano. “Começamos a receber reclamações dos trabalhadores de dezembro para cá. Além disto, a empresa descontou imposto sindical dos trabalhadores e não repassou ao sindicato”, afirmou. A empresa ainda mantém funcionários contratados sem pagamento ou recisão do contrato desde que se retirou do canteiro de obras.

Conforme o representante do Sintracom, a Homex nunca procurou o sindicato diretamente e nas vezes em que a entidade necessitava tratar de algum assunto era atendido por um representante de São Paulo, de primeiro nome Selma.

Durante a oitiva, os vereadores Edson Shimabukuru (PTB) e Ayrton Araújo (PT) sugeriram que o Ministério Público do Trabalho verificasse as formas como estes acertos podem ser feitos conforme bens deixados pela empresa. “A Caixa reteve dinheiro que seria destinado a Homex e tem condições do sindicato e MPT cobrar os valores referentes à mão de obra para pagar os trabalhadores”, afirmou.

Outro depoimento previsto para ocorrer nesta terça-feira era do presidente do Sinduscon (Sindicato da Indústria e Construção do MS), Amarildo Miranda, que não justificou ausência e terá depoimento adiando para o dia 11 de dezembro. No mesmo dia, representantes do Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul) e de 4 empresas prestadores de serviço à empreiteira serão investigadas.

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