Renais crônicos continuam sem vagas em Dourados

Renais crônicos atendidos em Dourados, mas que estão sendo transferidos para Ponta Porã, vão continuar sem vagas. É que apesar da ampliação que está acontecendo na Clínica do Rim, a unidade, mesmo assim, não será capaz de atender a demanda dos pacientes que cresce dia a dia. De acordo com relatório da Secretaria de Saúde […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Renais crônicos atendidos em Dourados, mas que estão sendo transferidos para Ponta Porã, vão continuar sem vagas. É que apesar da ampliação que está acontecendo na Clínica do Rim, a unidade, mesmo assim, não será capaz de atender a demanda dos pacientes que cresce dia a dia.

De acordo com relatório da Secretaria de Saúde de Dourados, atualmente 39 pacientes que deveriam ser atendidos em Dourados estão sendo encaminhados para Ponta Porã. Deste total, 14 são pacientes residentes em Dourados, seis são de Rio Brilhante, cinco são de Itaquiraí, dois são de Naviraí, cinco são de Caarapó, um é de Nova Andradina, dois são de Angélica, um de mundo Novo, um de Itaporã, um de Fátima do Sul e um em Novo Horizonte.

Hoje, para atender toda a demanda desses pacientes seria necessária a abertura de mais 42 vagas , sendo necessária oito novas máquinas. O problema é que mesmo com o Estado realizando obras de ampliação na Clínica do Rim, não vai gerar vagas suficientes para atender toda a demanda. O PROGRESSO apurou que a reforma vai garantir cinco novas máquinas no local, gerando 30 vagas para uma demanda de 42; um déficit de ao menos 12 vagas só no início dos atendimentos.

Além do grupo que vai para Ponta Porã, a Clínica do Rim faz 81 atendimentos por dia nas 27 máquinas internas, com três turnos de hemodiálise. Em Janeiro foram atendidos 137 pacientes pelo Sistema Único do Saúde.

Apesar do atendimento alternativo o deslocamento é considerado sofrido pelos pacientes. “Obtive relatos que muitos desistiram do tratamento devido ao desgaste físico. Muitos não conseguem seguir a risca o tratamento se deslocando duas ou três vezes na semana para outros municípios, o que pode estar gerando mortes.

No último levantamento que fizemos, até junho do ano passado 19 pacientes morreram na fila do transplante”, destaca o presidente da Associação dos Renais Crônicos de Dourados (Renasul), José Feliciano de Paiva.

O Secretário de Saúde de Dourados, Sebastião Nogueira confirmou o déficit, mas alerta que nenhum paciente está deixando de ser atendido. A Secretaria de Saúde também informou que está buscando credenciar um novo serviço em Dourados no intuito de garantir que os pacientes sejam atendidos no município. Em 2011 quando projetada a ampliação das 30 vagas Dourados atendia 14 pacientes.

Conteúdos relacionados