Promotor quer chegar ao mandante da execução de Paulo Magalhães e pede participação do Gaeco
A audiência sobre a morte do ex-delegado Paulo Magalhães terminou por volta das 15 horas desta quinta-feira (21), em Campo Grande. Após dez testemunhas serem ouvidas no período da manhã, seis eram esperadas durante a tarde. Apenas duas compareceram. Houve momentos tensos, como quando a promotoria questionava sobre ligações da execução com supostas organizações criminosas, por […]
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A audiência sobre a morte do ex-delegado Paulo Magalhães terminou por volta das 15 horas desta quinta-feira (21), em Campo Grande. Após dez testemunhas serem ouvidas no período da manhã, seis eram esperadas durante a tarde. Apenas duas compareceram.
Houve momentos tensos, como quando a promotoria questionava sobre ligações da execução com supostas organizações criminosas, por exemplo.
Na audiência, realizada na 2ª vara do Tribunal do Juri, o promotor Humberto Lapa Ferri requisitou também participação de um promotor do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Conforme o promotor a participação do Gaeco, é justificada por se tratar de um crime complexo e organizado.
Ainda segundo Ferri, a participação do promotor Marcos Roberto Dietz, como coadjuvante no processo, é justificada pela necessidade de descobrir quem é o mandante do crime. “Fiz o pedido de participação do Gaeco como coadjuvante, porque não são só os dois [réus] que estão aqui, mas também pelo mandante do crime. É necessária a Inteligência da Polícia Civil, e do Gaeco para dar respaldo”.
O assistente de acusação, João Carlos Veiga Junior também se manifestou concordando com a participação do Gaeco.
Na audiência foi ouvida uma mulher que havia ido buscar a filha na mesma escola onde aconteceu o homicídio e o irmão do réu, Antonio Benites Cristaldo, Cesar Benites Cristaldo. Ele contou detalhes sobre o irmão e as relações com Rafael Leonardo dos Santos, outro envolvido no assassinato, que foi encontrado morto em Campo Grande.
Entre as testemunhas que faltaram, está a esposa do ex-delegado, Claudia Maria de Brito Rodrigues, que alegou problemas de saúde. Sobre as ausências, o promotor explicou que são averiguados os motivos das faltas e caso seja necessário, serão chamadas em nova audiência.
Os acusados José Moreira e Antônio Benitez Cristaldo acompanharam os depoimentos. O advogado de réu José Moreira, Renê Siufi afirmou que várias testemunhas se contradisseram durante o depoimento. Com relação ao pedido para que um promotor do Gaeco também participe, o advogado classificou como um excesso de acusação. A participação do promotor do Gaeco ainda será analisada.
Durante a audiência no período da manhã, as oito testemunhas confirmam a participação de José Moreira no assassinato do ex-delegado. As testemunhas foram convocadas pelo Ministério Público e, em sua maioria, são policiais que participaram das investigações sobre a morte do ex-delegado. Foram convocadas, também, outras pessoas que possam ter alguma informação sobre o assassinato.
No total serão ouvidas 52 testemunhas convocadas. No dia 12 de dezembro, serão ouvidas sete testemunhas de defesa de Cristaldo e no dia 18 de dezembro, 17 testemunhas de Moreira.
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