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Produção de etanol precisa ser alvo de políticas públicas, diz pesquisador

As políticas públicas precisam ser adaptadas para a produção atual de etanol, assim como é necessária uma negociação séria entre o governo e o setor sucroalcooleiro para a definição de metas de produção. A observação foi feita nesta segunda-feira (20) pelo coordenador do Programa de Sustentabilidade do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, […]
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As políticas públicas precisam ser adaptadas para a produção atual de etanol, assim como é necessária uma negociação séria entre o governo e o setor sucroalcooleiro para a definição de metas de produção.

A observação foi feita nesta segunda-feira (20) pelo coordenador do Programa de Sustentabilidade do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, Manoel Regis Leal, em audiência pública sobre a produção de combustíveis líquidos e gases (biomassa).

A audiência, conduzida pelo senador Fernando Collor (PTB-AL), fez parte do primeiro ciclo de debates Energia e Desenvolvimento do Brasil, promovido pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), e constituiu o oitavo painel do tema Investimento e Gestão: desatando o nó logístico do país.

Leal frisou que o sucesso do etanol de primeira geração esteve relacionado ao desenvolvimento tecnológico e a adoção de políticas públicas. Sem essa conjugação de fatores, afirmou, é muito difícil obter sucesso na produção de qualquer tipo de energia alternativa.

A perda de competitividade frente à gasolina representa, na visão dele, um dos maiores problemas para o etanol, assim como o aumento dos custos de produção e a falta de verbas de investimento, já que a maioria das usinas não tem condição de obter recursos do governo pelo nível de endividamento.

Leal observou que os investimentos para melhoria do motor a álcool são pífios em relação à melhoria do motor a gasolina, o que faz com que as montadoras invistam no grande mercado, e deixem de pensar naquele de pequenas proporções. Ele lembrou ainda que, desde a crise global de 2008, o setor sucroalcooleiro apresenta baixo dinamismo.

– Existe futuro para o etanol, desde que exista demanda. O trunfo que temos é a integração da agricultura, pecuária e floresta, e o uso da palha para bionergia. Com isso, podemos usar de maneira mais inteligente a terra disponível, sem impactar na produção de alimentos, com ganho para todos – afirmou.

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