Por Dia das Mães, irmãos Cravinhos deixam a prisão nesta sexta-feira

Os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, condenados pela morte dos pais de Suzane von Richthofen, em 2002, serão beneficiados pela saída temporária do Dia das Mães. Segundo a administração da Penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2, em Tremembé, no interior de São Paulo, a saída dos prisioneiros beneficiados está programada para as 9h desta […]

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Os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, condenados pela morte dos pais de Suzane von Richthofen, em 2002, serão beneficiados pela saída temporária do Dia das Mães. Segundo a administração da Penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2, em Tremembé, no interior de São Paulo, a saída dos prisioneiros beneficiados está programada para as 9h desta sexta-feira. Este será o primeiro Dia das Mães dos Cravinhos fora da cadeia desde quando foram presos, em 2002. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, a dupla terá que retornar ao encarceramento até as 18h de quarta-feira.

Em fevereiro, a Vara das Execuções Criminais e Anexo da Corregedoria dos Presídios de Taubaté já havia atendido ao pedido de progressão do regime fechado para o semiaberto formulado pela defesa dos irmãos Cravinhos. Na ocasião, a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani afirmou que Cristian e Daniel vêm mantendo bom comportamento carcerário, atestado pelo diretor da unidade prisional em que se encontram e preenchem o tempo de cumprimento das penas suficiente para a concessão do benefício.

Julgados em 2006, Cristian foi condenado a 38 anos, 1 mês e 18 dias de reclusão e Daniel a 38 anos, 11 meses e 17 dias.

O crime

Suzane Von Richthofen chegou em casa – no bairro do Campo Belo, zona sul da capital paulista -, por volta da 0h15 do dia 31 de outubro de 2002 acompanhada pelo namorado Daniel Cravinhos, na época com 21 anos, e pelo irmão dele, Cristian Cravinhos, então com 26. Segundo a investigação da polícia, ela subiu até o quarto dos pais e deu sinal verde para que os dois fossem ao piso superior do sobrado, onde os pais – Manfred e Marisia Richtofen – dormiam.

A materialização do crime foi apresentada quatro anos depois, durante o julgamento dos réus, em fotos da perícia e do Instituto Médico Legal, que mostraram corpos desfigurados e o real tamanho da tragédia. O casal foi espancado com bastões até a morte. A mãe de Suzane ainda passou por um processo de estrangulamento.

Após quase quatro anos do assassinato do casal, Suzane e os irmãos Cravinhos foram condenados por duplo homicídio triplamente qualificado. A soma total das penas dos três condenados chega a 115 anos de reclusão. Nenhum deles pode recorrer da sentença em liberdade. O julgamento, realizado no Fórum da Barra Funda, durou cinco dias. No total, foram quase de 56 horas de julgamento, em julho de 2006.

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