Organizada do Atlético-PR culpa vascaínos por briga e cobra autoridades

No final da tarde desta segunda-feira, a organizada “Os Fanáticos” se manifestou oficialmente sobre as brigas ocorridas na Arena Joinville, no domingo, que envolveram as torcidas de Atlético-PR e Vasco da Gama. Na nota postada em seu site, a instituição reclama que a mídia, em geral, cobra a punição da organizada, dos torcedores e do […]

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No final da tarde desta segunda-feira, a organizada “Os Fanáticos” se manifestou oficialmente sobre as brigas ocorridas na Arena Joinville, no domingo, que envolveram as torcidas de Atlético-PR e Vasco da Gama.

Na nota postada em seu site, a instituição reclama que a mídia, em geral, cobra a punição da organizada, dos torcedores e do clube, mas “esquece” de fiscalizar as autoridades competentes. Além disso, reiterou que o risco de confronto nesta partida era grande, sendo avisado por eles próprios.

“Elas (autoridades) é quem deveriam garantir a integridade de nossos torcedores e não eles mesmos. É muito fácil acabar com a violência no futebol, mas parece que isso não interessa para quem está no poder. De que adianta participarmos de reuniões, seminários, criarmos campanhas, passarmos ofícios, apontarmos os erros, as falhas e as soluções, se nada disso é ouvido ou levado em conta?”, questiona.

Para “Os Fanáticos”, essa passividade tem claro objetivo: acabar com as torcidas organizadas , o que, para eles, será um retrocesso.

“Vejam todos estes torcedores caírem no anonimato e na clandestinidade, sem ter uma diretoria para se reportar, um CNPJ para responder ou um nome para se identificar. Vejam o verdadeiro caos se instalar nas ruas, bares, terminais e estádios, a exemplo do que aconteceu em outros países, considerados civilizados e de primeiro mundo. E aí? Vão cobrar de quem? Vão responsabilizar quem? Vão identificar quem? Vão fazer reunião com quem?”, completa, deixando algumas perguntas “no ar”.

O texto ainda lembra de que a proibição de mulher e menores na viagem – matéria colocada no dia 2 de dezembro – mostra que a tragédia era anunciada. “O Ministério Público de Santa Catarina e a Polícia Militar já estavam cientes do que este jogo representava para as duas equipes e do alto risco de confrontos entre as torcidas”, relembra.

Para finalizar, a organizada tenta se eximir da culpa ao falar que apenas defendeu o seu espaço. “Nada justificava a falta de um isolamento efetivo entre as torcidas, tampouco a decisão do veto da polícia dentro do estádio. As imagens são claras e mostram que o primeiro confronto aconteceu na área destinada a torcida do Atlético, provando a invasão da torcida do Vasco”.

Entretanto, o texto diz que ninguém ali era santo. “Não somos hipócritas e muito menos “santos”, mas, naquele momento, a inércia de nossa torcida resultaria na torcida rival invadindo o espaço de nossa torcida, agredindo inclusive mulheres, famílias, crianças e pessoas que não teriam condições de se defender. Da mesma maneira que estamos sendo julgados e criticados por muitos, recebemos o apoio e o agradecimento de quem estava ali naquele momento”, justifica.

Afastamento da torcida nos estádios

Uma conversa preliminar entre o Ministério Público do Paraná e a torcida os Fanáticos prevê para, em breve, um período de afastamento da organizada dos estádios. O prazo ainda não foi acordado, mas uma reunião entre os representantes definirá essa punição – o tempo pode ser de um dia a três anos. Já em relação aos torcedores envolvidos, a tendência é de que sejam punidos individualmente e que vão ser analisados especificamente em Joinville.

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