‘O que foi gasto com o Gisa dava para construir um hospital’, critica presidente da CPI

Ex-secretário de Saúde, deputado Mandetta admitiu que conhecia a empresa vencedora da licitação milionária que terminou em enrolação.

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Ex-secretário de Saúde, deputado Mandetta admitiu que conhecia a empresa vencedora da licitação milionária que terminou em enrolação.

A CPI da Saúde na Assembleia ouve nesta tarde (21) o ex-secretário municipal e deputado federal, Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o diretor-presidente do Consórcio Telemídia e Technology International, Naim Alfredo Beydoun, sobre a não implantação do projeto Gisa, que informatiza a Rede Pública de Saúde. Já foram gastos mais de R$ 9 milhões e sistema ainda não foi implantado.

“Desde 2008 estão tentando implantar e o que foi gasto era o suficiente para construir um hospital”, criticou o presidente da CPI, deputado estadual Amarildo Cruz (PT). A oitiva acabou de iniciar, com mais de meia hora de atraso e os depoentes que quiseram falar com a imprensa.

“A comissão vai emitir uma opinião cobrando providência da Justiça, porque até agora tudo leva a crer que há irregularidades desde a fase de licitação. O Ministério Público deve continuar a investigação, a pedido da CPI e depois pode até pedir a devolução do dinheiro aos cofres públicos”, explicou Amarildo.

De acordo com o deputado, os trabalhos da CPI estão dentro do prazo, mas ainda há possibilidade de prorrogação, devido a quantidade de documentos a serem analisados. “Principalmente contra o Gisa surgiram denúncias gravíssimas. Na capital ainda ficaram coisas a esclarecer, mas o trabalho da CPI está praticamente fechado”, ressaltou.

Amarildo ainda disse que o Ministério da Saúde disponibiliza outros softwares gratuitos que tem a mesma concepção do Gisa e que pode substituí-lo. Será a segunda oitiva com o empresário Naim.

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