Nevasca provoca ao menos 11 mortes; 345 mil ainda estão sem luz nos EUA

Ao menos 11 pessoas morreram em decorrência da passagem de uma tempestade na América do Norte, duas das quais no Canadá, e o restante, nos EUA. O Estado em que a tormenta causou mais estragos foi em Connecticut, onde ao menos cinco pessoas morreram, segundo o governador Dannel Malloy e a polícia. Uma mulher de […]

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Ao menos 11 pessoas morreram em decorrência da passagem de uma tempestade na América do Norte, duas das quais no Canadá, e o restante, nos EUA.

O Estado em que a tormenta causou mais estragos foi em Connecticut, onde ao menos cinco pessoas morreram, segundo o governador Dannel Malloy e a polícia.

Uma mulher de 80 anos foi morta atropelada por um motorista que fugiu enquanto limpava a entrada de sua casa, e um homem de 40 anos teve um ataque enquanto removia neve com uma pá. Outro homem, de 73 anos, escorregou do lado de fora de casa e foi encontrado morto no sábado, afirmou Malloy.

Em Bridgeport, um homem de 53 anos foi encontrado morto na neve na manhã de sábado do lado de fora de casa, e uma mulher de 49 anos morreu na cidade de Shelton enquanto removia neve com uma pá, disse a polícia.

Duas pessoas morreram por envenenamento por monóxido de carbono em acidentes separados em Boston. Uma das vítimas era um menino de 11 anos, atordoado pelos vapores enquanto esperava dentro de um carro ligado para se manter aquecido, informou uma autoridade dos bombeiros.

A outra vítima era um homem na casa dos 20 anos encontrado desacordado em seu carro, segundo a polícia. Em Poughkeepsie, Nova York, um homem de cerca de 70 anos foi atingido e morto em uma estrada enevoada, relatou a mídia local.

Um homem de 23 anos foi morto em Germantown, Nova York, quando o trator que usava para limpar a entrada de sua casa rolou por uma encosta, de acordo com a mídia local. Em New Hampshire, um motorista de 30 anos morreu quando seu carro saiu da estrada, mas a saúde do homem pode ter influenciado o acidente, disseram autoridades locais.

No condado de Suffolk, em Nova York, policiais, alguns usando motos de neve, resgataram centenas de motoristas presos da noite para o dia na via expressa de Long Island, disse o porta-voz da polícia Rich Glanzer.

Em Worcester, Massachusetts, plantonistas fizeram o parto de uma menina na casa de sua mãe perto das 3h da manhã de sábado com a ajuda de soldados da Guarda Nacional.

SEM ENERGIA

Ao menos 650 mil casas chegaram a ficar sem energia elétrica durante a tormenta. A usina de energia nuclear Pilgrim, em Plymouth, Massachusetts, perdeu a força e se desligou automaticamente no final de sexta-feira, mas não houve risco à população, disse a Comissão de Regulação Nuclear.

Na manhã de domingo, segundo a Associated Press, 345 mil domicílios ainda não tinham a energia elétrica religada. Autoridades dizem que o reabastecimento em alguns locais pode demorar dias.

Foram emitidos alertas de nevascas na costa e de inundação, mas Massachusetts e Connecticut suspenderam a proibição de tráfego de veículos, já que a tempestade rumou para o leste na noite de sábado.

O prefeito John Harkins, de Stratford, em Connecticut, disse jamais ter visto tamanha precipitação de neve, que chegou a 15 centímetros por hora.

“Até as escavadeiras estão ficando atoladas”, afirmou Harkins à tv local WTNH. A tempestade concentrou sua fúria em Connecticut, Rhode Island e Massachusetts, e a precipitação de neve mais intensa, 102 centímetros, ocorreu em Hamden, em Connecticut.

Em Boston, um jogo da Liga Nacional de Hóquei entre Tampa Bay Lightning e Boston Bruins, marcado para sábado, foi cancelado por causa da nevasca. Massachusetts, Rhode Island, Connecticut, Nova York e Maine declararam estado de emergência antes da tempestade. Os correios suspenderam as entregas em parte destes cinco estados, mais New Hampshire e Vermont.

VOOS

Cerca de 2.200 voos foram cancelados no sábado, de um total de 5.800 nos últimos dois dias, de acordo com a FlightAware, que monitora atrasos de linhas aéreas.

Foram fechados os aeroportos de Boston e os da região de Nova York –JFK, La Guardia e Newark (em Nova Jersey). Até o final da manhã, os principais aeroportos de Nova York estavam abertos. Não há registros de cancelamentos de voos para a região que afetem o Brasil, mas as autoridades dos EUA recomendam aos passageiros que entrem em contato com as companhias aéreas para confirmar o voos.

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