Médicos estrangeiros poderão vir para o Brasil por intercâmbio
O recrutamento de médicos estrangeiros para trabalhar no País poderá ser feito dentro de intercâmbio, afirmou nesta quarta-feira, 22, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Pela proposta, médicos formados no Exterior viriam ao Brasil trabalhar em regiões com pouca mão de obra. Profissionais formados em instituições brasileiras, por sua vez, iriam para o Exterior fazer […]
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O recrutamento de médicos estrangeiros para trabalhar no País poderá ser feito dentro de intercâmbio, afirmou nesta quarta-feira, 22, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Pela proposta, médicos formados no Exterior viriam ao Brasil trabalhar em regiões com pouca mão de obra. Profissionais formados em instituições brasileiras, por sua vez, iriam para o Exterior fazer residência.
As especialidades ofertadas seriam aquelas também consideradas prioritárias, como oncologia e anestesia. A proposta inicialmente tem como foco Portugal, mas o ministro afirmou que há possibilidade de que a negociação seja estendida para outros países.
Os médicos brasileiros teriam seus cursos custeados pelo Programa Ciência sem Fronteiras, disse Padilha. As negociações com Espanha já tiveram início. Agora, afirmou o ministro, é a vez de Portugal.
O governo estuda desde o ano passado a criação de uma política para atrair médicos estrangeiros para trabalhar no Brasil. A proposta, que agora ganha seus contornos finais, prevê que profissionais recrutados em outros países ficariam dispensados de fazer o Revalida, um exame para revalidação de diplomas obtidos no Exterior.
Uma medida provisória seria editada, criando o registro temporário. Com ele, profissionais poderiam trabalhar por três anos, numa área considerada prioritária pelo governo. Participariam do programa municípios dispostos a integrar uma ação para reformar, ampliar ou criar novos postos de saúde. A estratégia é vista pelo governo como uma alternativa para solucionar, a curto prazo, a falta de médicos no País.
Entidades médicas criticam a medida. Afirmam que não há falta de profissionais, mas má distribuição. Alertam ainda que a medida pode colocar em risco a saúde da população mais pobres, que seriam assistidas por profissionais que não tiveram seus conhecimentos profissionais avaliados.
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