Mantega: economia tem trajetória de expansão moderada
A economia brasileira está em trajetória de expansão gradual, que deve se manter nos próximos trimestres, avaliou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconhecendo ainda que o desempenho da economia está abaixo do desejado. “A recuperação talvez não seja na velocidade que gostaríamos”, afirmou o ministro a jornalistas, acrescentando, no entanto, que ainda é possível […]
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A economia brasileira está em trajetória de expansão gradual, que deve se manter nos próximos trimestres, avaliou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconhecendo ainda que o desempenho da economia está abaixo do desejado.
“A recuperação talvez não seja na velocidade que gostaríamos”, afirmou o ministro a jornalistas, acrescentando, no entanto, que ainda é possível que a economia avance 2,5 por cento neste ano.
O Produto Interno Bruto (PIB) do país encolheu 0,5 por cento no terceiro trimestre deste ano ante o segundo, primeiro resultado negativo e o pior em mais de quatro anos, afetado pela retração dos investimentos. Entre abril e junho passados, a atividade havia crescido 1,8 por cento.
Sobre a dinâmica da expansão do PIB, o ministro avaliou que os investimentos estão acelerando e deverão registrar alta entre 6 e 7 por cento neste ano em relação a 2012, apesar de terem encolhido 2,2 por cento no trimestre passado sobre os três meses anteriores.
“O crescimento é gradual porque no mundo todo está sendo assim, e esse crescimento se dá principalmente em investimentos, bens de capital”, disse Mantega a jornalistas, acrescentando que, por outro lado, vai demorar “mais alguns anos” para que a Formação Bruta de Capital Fixo –uma medida de investimento– corresponda a 24 por cento do PIB.
O programa de concessões que está em curso, nos setores de infraestrutura e logística, vai ajudar a elevar o crescimento potencial do país, de 4 por cento, afirmou ele.
Mantega reconheceu que as sucessivas elevações na Selic tiveram impacto no crescimento da atividade neste ano. Em abril passado, o Banco Central iniciou um ciclo de aperto monetário que já levou a taxa básica de juros de 7,25 por cento para o atual patamar de 10 por cento, a fim de combater a inflação por meio do encarecimento do crédito e, consequentemente, do consumo.
O ministro afirmou que o consumo das famílias está sendo prejudicado pela falta de crédito, mas considera que com a queda da inadimplência e com o menor comprometimento da renda dos brasileiros, o consumo avançará.
Mantega disse ainda que o crescimento baixo atrapalha o resultado fiscal, mas repetiu que o governo central –governo federal, BC e Previdência vão cumprir sua meta de superávit primário de 73 bilhões de reais neste ano.
Ele também citou o atual momento da economia mundial, que vem mostrando recuperação e será seguida pelo Brasil.
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