Mantega alerta que guerra cambial global pode piorar

A “guerra cambial” global pode ficar ainda pior se a Europa entrar no campo de batalha, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, conhecido por cunhar o termo. Mantega afirmou que países europeus devem se concentrar em reanimar suas economias com mais investimentos, em vez de tentar enfraquecer o euro para proteger empregos, como a […]

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A “guerra cambial” global pode ficar ainda pior se a Europa entrar no campo de batalha, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, conhecido por cunhar o termo.

Mantega afirmou que países europeus devem se concentrar em reanimar suas economias com mais investimentos, em vez de tentar enfraquecer o euro para proteger empregos, como a França sugeriu antes da reunião na próxima semana do G20, grupo que congrega potências econômicas.

“Esse é um problema que vai persistir enquanto a economia mundial não deslanchar”, disse Mantega em entrevista na noite de quinta-feira. “Na verdade, a solução está em resolver outros problemas, que é dar mais dinamismo para as economias, tirá-las da estagnação.”

“Não dá para a União Europeia tentar sair da crise exportando para os Estados Unidos, para a Ásia e o Brasil”, disse Mantega.

A França planeja levar suas preocupações sobre o euro para a reunião do G20 em Moscou, alertando que um euro mais forte pode afetar a lenta e dolorosa recuperação da Europa, e em último caso a do mundo.

“A discussão mais importante no G20, ao meu ver, é a volta dos estímulos”, disse Mantega.

O euro fortaleceu mais de 8% contra o dólar nos últimos seis meses, de acordo com dados da Thomson Reuters. Ele está sendo negociado perto do nível mais alto em 15 meses devido a uma melhora da confiança sobre a zona do euro.

Mantega afirmou ainda que os países da Europa devem observar o Brasil para impulsionar o investimento, lançando seus próprios programas de investimento.

Segundo ele, a melhora da economia global deve ajudar o Brasil a reconquistar as taxa de crescimento impressionantes que fez do país uma estrela entre os emergentes na última década.

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