Genoíno tem alta e vai para casa de filha

Depois de três dias no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, onde ficou internado após passar mal na penitenciária da Papuda, o deputado federal licenciado José Genoino (PT-SP) recebeu alta ontem e foi cumprir prisão domiciliar na casa de uma de suas filhas, em Brasília. Genoino, condenado no processo do mensalão, deixou o hospital por […]

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Depois de três dias no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, onde ficou internado após passar mal na penitenciária da Papuda, o deputado federal licenciado José Genoino (PT-SP) recebeu alta ontem e foi cumprir prisão domiciliar na casa de uma de suas filhas, em Brasília.

Genoino, condenado no processo do mensalão, deixou o hospital por volta das 6h30, acompanhado por sua esposa, Rioco. Quando deu entrada no hospital, na quinta-feira, havia a suspeita de que o congressista tivesse sofrido um infarto, possibilidade descartada por exames do instituto. Os médicos argumentaram que a elevação da pressão arterial poderia comprometer o resultado de uma cirurgia de correção de dissecção da aorta, realizada em julho deste ano, razão pela qual Genoino permaneceu hospitalizado. Na ocasião, o deputado passou mais de 20 dias internado no Hospital sírio-libanês.

O boletim médico que autoriza Genoino a deixar o hospital, divulgado na manhã de ontem, afirma que o deputado “apresentou melhora nos níveis de pressão arterial e dos parâmetros de coagulação sanguínea”.

O deputado permanecerá em prisão domiciliar até que saiam as conclusões da junta médica que o examinou no sábado, a pedido do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. A avaliação servirá de base para que o ministro decida se Genoino poderá cumprir pena na penitenciária ou se terá atendido seu pleito pela prisão domiciliar. Na espera pela conclusão da avaliação, Genoino não poderá conceder entrevistas à imprensa.

Juiz é substituído

A execução das penas do processo do mensalão mudou de mãos. O juiz titular da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, Ademar de Vasconcelos, foi trocado pelo juiz substituto Bruno André Silva Ribeiro no comando da execução das penas. A mudança atende a pressão feita pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que estava insatisfeito com o comportamento de Vasconcelos. A mudança foi consumada ontem.

Uma das primeiras decisões de Bruno Ribeiro foi estabelecer regras para que o ex-presidente do PT José Genoino pudesse cumprir prisão domiciliar a partir deste domingo após deixar o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, onde foi submetido a perícia médica. Genoino permanecerá em prisão domiciliar até que o ministro Joaquim Barbosa analise o resultado da perícia sobre o estado de saúde do ex-deputado. Uma junta médica examinou no sábado o ex-presidente do PT, mas não divulgou suas conclusões.

De acordo com informações obtidas pela reportagem, na semana passada integrantes da cúpula do Tribunal de Justiça do Distrito Federal se reuniram com integrantes da Presidência do Supremo para tratar de Ademar Vasconcelos. Barbosa não escondeu a insatisfação com Ademar Vasconcelos desde o início. O presidente do STF atribuiu ao juiz do DF a responsabilidade pela demora na concessão de prisão domiciliar a Genoino. De acordo com a assessoria do STF, Ademar de Vasconcelos teria dito que o estado de saúde do ex-deputado era bom. Horas depois, Genoino sentiu-se mal e foi transferido para o hospital.

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