G-20 pede que EUA tomem “ações urgentes” contra “incertezas fiscais”

Os líderes reunidos para o encontro do G-20 – grupo que reúne as maiores economias desenvolvidas e emergentes – afirmaram, no comunicado final do encontro que termina hoje em Washington, que os Estados Unidos precisam “tomar ações urgentes” para lidar com as “incertezas fiscais de curto prazo”. O presidente Barack Obama e a oposição republicana […]

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Os líderes reunidos para o encontro do G-20 – grupo que reúne as maiores economias desenvolvidas e emergentes – afirmaram, no comunicado final do encontro que termina hoje em Washington, que os Estados Unidos precisam “tomar ações urgentes” para lidar com as “incertezas fiscais de curto prazo”.

O presidente Barack Obama e a oposição republicana vivem um impasse para a aprovação do orçamento, o que mantém o governo parcialmente paralisado. Além disso, não há ainda um acordo para elevar o teto da dívida, o que pode levar o país a um default, caso não seja encontrada uma solução até o dia 17, de acordo com os cálculos do Tesouro americano.

“Nós reconhecemos que um crescimento forte e sustentado será acompanhado por uma eventual transição para a normalização da política monetária e que a volatilidade dos fluxos de capital continua a ser um importante desafio”, afirma o comunicado divulgado hoje. Políticas macroeconômicas e reformas estruturais, além de cronogramas prudentes, serão cruciais para lidar com o aumento da volatilidade, diz o texto.

No comunicado, o G-20 afirma sua defesa de sustentabilidade fiscal e de políticas para criar um ambiente robusto para o emprego e o “crescimento inclusivo”. O texto também diz que foi renovado o compromisso para implementar estratégias fiscais de médio prazo para levar em conta as condições econômicas de curto prazo, enquanto os países atuam para levar as dívidas do governo a um nível sustentável.

Ainda segundo o texto, é preciso garantir que as políticas econômicas sejam “cuidadosamente calibradas” e “claramente comunicadas”.

Expectativa otimista

O G-20 discutiu diversos possíveis cenários para o impasse fiscal dos Estados Unidos e, apesar de não descartar as situações mais adversas, o grupo tem uma visão otimista para a solução do problema, disse Anton Siluanov, ministro de Finanças da Rússia, país que preside o encontro neste ano. Segundo ele não existem planos de emergência em caso de default, uma vez que o grupo confia em uma solução.

Em coletiva de imprensa realizada em Washington, Siluanov falou que vê uma relação difícil entre Congresso e Casa Branca, embora o grupo reconheça que o possível está sendo feito para que os dois lados cheguem a um acordo. “São esforços complexos e uma situação difícil. Eles estão fazendo o possível para reduzir incertezas […] Esperamos uma solução o mais rápido possível”, disse.

O impasse dos EUA dominou grande parte das perguntas na coletiva. Siluanov tentou manter o tom otimista em relação ao assunto. Questionado sobre a disposição dos parlamentares americanos em chegar a um acordo, o ministro russo falou que as discussões do G-20 têm foco no desenvolvimento econômico e não em questões políticas.

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