Filha de emir do Catar é eleita a mais poderosa do mundo da arte
A filha do emir do Catar foi considerada a personalidade mais poderosa do mundo da arte, segundo um raking divulgado nesta quinta-feira, por liderar agressivas aquisições do pequeno país árabe em leilões e vendas particulares do mundo todo para encher seus novos museus. Al-Mayassa al-Thani, de 30 anos, diretora da Autoridade Museológica do Catar, lidera […]
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A filha do emir do Catar foi considerada a personalidade mais poderosa do mundo da arte, segundo um raking divulgado nesta quinta-feira, por liderar agressivas aquisições do pequeno país árabe em leilões e vendas particulares do mundo todo para encher seus novos museus.
Al-Mayassa al-Thani, de 30 anos, diretora da Autoridade Museológica do Catar, lidera a lista anual “Power 100” da conceituada revista ArtReview. É o segundo ano consecutivo que uma mulher encabeça esse ranking.
Formada nos EUA, Mayassa foi escolhida “por conta do vasto poder aquisitivo da sua organização e da disposição de gastar a um ritmo estimado em 1 bilhão de dólares por ano — a fim de obter obras de arte superiores para seus museus em Doha”, segundo a ArtReview.
“Acho que as cifras definitivamente falam por si mesmas, e da importância que ela tem para o mercado da arte”, disse o editor da revista, Mark Rappolt, em entrevista à Reuters por telefone.
Acredita-se que a Autoridade Museológica tenha sido responsável pela aquisição, no valor recorde de 250 milhões de dólares, de uma pintura de Cézanne retratando duas cartas de baralho, em 2011. O valor da transação foi aproximadamente o dobro do recorde anterior para uma pintura.
Essa aquisição instantaneamente colocou a Autoridade Museológica do Catar na primeira divisão dos acervos internacionais. As demais peças dessa série de Cézanne estão no Museu d’Orsay, em Paris, no Metropolitan, de Nova York, no Courtauld, em Londres, e na Fundação Barnes, em Filadélfia.
Depois disso, Mayassa e a Autoridade Museológica adquiriram obras de Picasso, Damien Hirst e outros, e também iniciaram um gigantesco projeto para a construção de uma sede em Doha, segundo Rappolt.
“Acho que também se pode dizer de certa forma que a Autoridade Museológica do Catar seja sintomática de uma cultura artística global em que a arte é culturalmente intercambiável”, disse.
“Gente endinheirada sempre comprou e comercializou commodities, e a arte é uma delas. De certa forma, não há novidade, mas talvez a escala disso se torne um pouco mais nova.”
No ano passado, a liderança da lista ficou com a curadora ítalo-búlgara de origem norte-americano Carolyn Christov-Bakargiev, que é pouco conhecida fora dos círculos artísticos. Foi a primeira vez que uma mulher liderou essa lista.
A lista deste ano, compilada por um júri internacional de 13 integrantes, caracteriza-se por refletir a transição dos recursos públicos para os privados no mercado da arte. Segundo a ArtReview, os detentores desses recursos privados estão se tornando mais inventivos no seu uso.
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